O dia 25 de Junho foi criado como o data oficial do imigrante em 1957. Ela marca o fim das celebrações da semana da imigração japonesa e nos faz refletir a importância cultural e econômica das pessoas que apostam em nosso país em busca de uma melhor qualidade de vida. Entretanto, basta ligar os televisores e uma das principais notícias é sobre a crise migratório dos venezuelanos e cresce um temor de colapso social no Norte do país.
Nesse ponto é importante distinguir os termos: refugiados e imigrantes. Os primeiros tratam-se de pessoas que estão sofrendo algum tipo de perseguição por motivos raciais, religiosos, nacionalidade, por fazerem parte de um determinado grupo social e/ou por suas opiniões políticas. Ou seja, os países-destinos não podem deportar pessoas nessas condições, pois elas não se sentem seguras na proteção dos seus países de origem. Já o segundo grupo tratam-se de indivíduos que estão buscando condições melhores de vida, social e financeira, por estarem passando sérias dificuldade no dia a dia em seus países de origem. Podem estar em condições de fome e/ou saúde precária.
O que poucos governos e cidadãos percebem é que a vinda desses indivíduos pode ser benéfica para a economia do país-destino e também para agregar cultura ao lugar. ” Se a onda migratória for bem gerida pode ser positiva. Nas escolas da Minds Idiomas temos vários professores de outras nacionalidades. Geramos empregos, gira a economia e facilitamos a contratação de imigrantes. Nas mais de 70 escolas que temos só ensinamos o idioma inglês, e o retorno dos alunos quanto a avaliação de professores de outros lugares, é muito bom “explica Leiza Oliveira, CEO da rede.
Em números: 3,4% da população mundial são imigrantes, entretanto produzem quase 10% de toda a riqueza mundial (PIB), um número elevado. Os imigrantes contribuem com US$ 6,7 trilhões a economia – cerca de US$ 3 trilhões a mais do que teriam gerado se tivessem ficado nos seus países de origem (Dados da consultoria McKinsey).
Quando os países implementam políticas para acolher e integrar os imigrantes, eles, a média prazo, pagam mais impostos do que recebem em benefícios estatais. É o que acontece na Suíça, por exemplo, ocorreu um aumento na arrecadação de quase 2% do PIB (Dados da OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Pensando nesse contexto, a especialista em carreiras e CEO da rede educacional Minds Idiomas, lista 5 pontos importantes sobre os imigrantes e refugiados no Brasil:
1) 34% dos refugiados concluíram o ensino superior e
Levantamento da agência da ONU, Acnur, mostra que os refugiados têm grau de escolaridade acima da média do Brasil e que, a maioria, não conseguem se recolocar nas suas profissões porque têm dificuldades de validar os seus diplomas. Aqui, vale a reflexão para as empresas de facilitarem a contratação de refugiados e imigrantes. O ganho cultural e educacional na sua empresa será visível.
2) A maior festa do imigrante acontece sempre em Junho em SP
A Festa do Imigrante acontece no Museu da Imigração do Estado de SP. Reune cerca de 20 Mil pessoas e mais de 50 países. Com uma entrada simbólica é possível escutar histórias de todas as nacionalidades, provar comidas típicas, e se emocionar com as apresentações musicais/danças dos países. A ida dos presentes contribui com os imigrantes que participam da festa. ” Aqui em SP e no Brasil , em geral, têm vários cidadãos do mundo”, explicou Alberto Antonio, da comunidade Moçambicana durante a festa que aconteceu no último dia 9 de Junho. Fique atento(a) p/ não perder ano que vem, acesse: museudaimigracao.org.br/festa-do-imigrante/
3) A maioria dos imigrantes/ refugiados estão na faixa etária economicamente ativa, tendo entre 25 e 49 anos
Esse dado é da OIM (Organização Internacional para as Migrações) e mostra que é um perfil apto para se inserir no mercado de trabalho. Ou seja, são pessoas qualificadas (ver dado 1), com demandas, e se atividades econômicas forem criadas ao redor disso todos se beneficiam.
4) A maioria dos refugiados falam mais de um idioma e 90% falam português
Ainda de acordo com o estudo feito pela Acnur (Agência da ONU para refugiados), a maioria dos indivíduos falam mais de um idioma e 90% falam português. Ou seja, empresas educacionais, como a Minds Idiomas, só têm a ganhar na contratação também dessa mão de obra. Além dos brasileiros. ” Sou da Nicaragua, morava no Uruguai, e tenho inglês e espanhol fluente. A Minds abriu as portas para eu dar aulas com menos de um mês em SP. Me orientaram e hoje sou muito feliz vivendo no Brasil”, esclarece Rodrigo Beltrand, um dos professores da rede.
5) O CIEE (Centro de Integração Empresa – Escola) realizou curso preparatórios para qualificar jovens entre 14 e 24 anos vindo de vários países
O Curso preparatório aconteceu em Brasília e reuniu estudantes vindos de 8 países (Venezuela, Haiti, República Democrática do Congo, Togo, Gana, Síria e Angola) e ensinou desde como preparar um bom currículo a como se comportar em uma entrevista. 70% dos jovens que fazem o curso conseguem vagas no mercado de trabalho. Está previsto um novo curso na cidade de SP. Acompanhe o site do CIEE:portal.ciee.org.br
Sobre a Minds Idiomas: Com 11 anos de existência o segredo da rede de idiomas Minds é a tecnologia. Com 72 escolas em todo país, a Minds foi à primeira rede a implantar o ensino do inglês em tablets mantendo os livros físicos.
O post Quais as reais oportunidades que damos aos imigrantes? apareceu primeiro em Jornal Contábil Brasil – Canal R7/Record.