Essa é a pergunta que mais faz pensar que sou vidente rs.

Brincadeiras à parte, não será necessário realizar um processo de adivinhação ou oráculo mas sim devolver para você algumas perguntas que vão ajudar a esclarecer essa dúvida que é EXTREMAMENTE comum – ouço esta questão todos os dias, de segunda a domingo. Vamos lá!

O melhor investimento é composto de alguns investimentos, e dificilmente de uma única forma ou propósito. Explico melhor: para todos sugiro que a diversificação seja uma constante, e neste aspecto começamos definindo que esta diversificação seguirá ao longo da vida. Para começar, vamos responder umas perguntas fundamentais:

Para quê será o investimento?

Nada de responder “ah, para enriquecer um dia”, até porque é tão vago que dificilmente será levado a sério. Estabeleça metas (no plural) para o que irá guardar: aposentadoria? Comprar um imóvel? Empreender em cinco ou dez anos? Viajar? Fazer um aporte de previdência para filhos? Construir reserva de emergência se acontecer a perda do emprego?

Cada uma destas respostas leva a diferentes tipos de investimentos: para aposentadoria é importante que seja algo rentável, porém conservador, sobretudo para quem já tem mais idade e em uma ou duas décadas pretende parar de trabalhar.

Para comprar imóveis é preciso definir o valor, optar por algo que traga resultados e que não será sacado em pouco tempo. Empreender é semelhante a comprar imóveis, e falar em previdência já define por si só a forma de investir.

Já construir a reserva de emergência pede investimento com alta segurança e LIQUIDEZ, ou seja, se precisar usar o dinheiro ele tem de estar acessível – coisa que num investimento como Fundos, Debêntures, não é possível sacar pois há carências.

Qual sua tolerância ao risco?

Aaaah que aqui a coisa pega, afinal todos querem alto retorno e baixo risco, dois elementos que são incompatíveis. O alto retorno em grande maioria implica em riscos que pedem uma postura agressiva; a aversão ao risco pede retornos mais modestos. Importante: todo investimento apresenta riscos.

Vale lembrar que já tivemos confisco de poupança, portanto nada de achar que é só garantir na poupança que tudo bem – hoje é o pior investimento, paga menos que a variação da inflação.

Se você lidar bem com oscilações, pode ser que o mercado de Renda Variável, popularmente conhecido como Bolsa de Valores, seja atrativo; no entanto, lembre-se que o dinheiro é seu e jamais arrisque mais do que deve. Todos nós temos um limite interno, não force.

Está disciplinado/a para isso?

Esta é a pergunta CHAVE, a mais importante. Um erro comum é investir uma única vez num único investimento e “deixar a vida levar”, como se fosse uma máquina que se ajusta automaticamente. Investir é como praticar uma atividade física: requer compromisso regular e acompanhamento para resultados.

Entretanto, vale lembrar que acompanhar não significa olhar toda hora para ver se, olhando, o dinheiro aumenta; é mais um acompanhamento para observar se consegue poupar um pouco além, reduzir uma despesa e direcionar o dinheiro poupado para seu futuro financeiro.

É importante também verificar se seus investimentos, o que chamamos “carteira” contempla tudo o que você precisa: reserva de emergência pede um tipo de investimento, compra de imóvel pede outro, aposentadoria outro e assim conforme aquilo que se pretende e foi definido na primeira pergunta.

Para concluir coloco uma regra de ouro: distribua os investimentos em cestas. Nunca coloque todo o dinheiro numa única fonte e faça acompanhamentos regulares (algo como uma vez por mês) para saber como sua carteira está, no linguajar do mercado, “performando”.

Se necessário faça ajustes mas nada de largar seu dinheiro no banco e esquecer, ou ainda numa corretora e deixar ao léu. O melhor investimento para você é aquele que constrói sua estrutura para longevidade financeira e um legado de crescimento a você e sua família!

Fonte: Contábeis
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