De acordo com o Governo Federal, a revisão na estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), será responsável por definir o salário mínimo de 2021.

Antes, levando em conta o INPC a 2,09%, o governo elevaria o salário mínimo de R$ 1.045 para R$ 1.067, que começariam a ser pagos a partir de janeiro de 2021. Mas, com o aumento para 2,35% a projeção salarial para o ano que vem passou para R$ 1.069,55.

Reajuste pela inflação

A Constituição Federal determina que o reajuste do salário mínimo deverá ter como base para cálculo a inflação, levando em conta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Sem ganhos reais

O salário mínimo deve continuar sem sofrer reajustes. A última correção com ganho aconteceu em 2018, porém a equipe econômica do governo não planeja criar uma medida para o ajuste do piso nacional.

Para o governo, um reajuste do salário mínimo com ganhos reais causaria um impacto nas contas públicas. Isso porque, o pagamento dos benefícios do governo, como a aposentadoria, é corrigido de acordo com o salário mínimo, ou seja, um aumento no piso nacional iria afetar ainda mais a economia no país.

Segundo o Ministério da Economia, a cada R$ 1 aumentado no salário mínimo é criada uma despesa de aproximadamente R$ 355 milhões.

Última correção no salário mínimo

Em 2018 aconteceu a última correção com ganhos reais no salário mínimo. Até 2018, a regra era que o salário deveria aumentar de acordo com a inflação do ano anterior, e da variação da economia dos dois últimos dois anos. Esse tipo de cálculo durou de 2011 até 2019.

hoje, os reajustes do salário acontecem através de medida provisória, quando o governo determina o valor do salário mínimo, sem acontecer um reajuste real. Tudo indica que esse tipo reajuste irá acontecer ainda por bom tempo.

Edição por Jorge Roberto Wrigt Cunha – jornalista do Jornal Contábil

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Fonte: Jornal Contábil
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