A Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) revisou de 5,9% para 5,7% a previsão de retração no volume de receitas do setor de serviços, em 2020. A estimativa tem como base os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de junho, divulgada na quinta-feira (13/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destaca que, apesar de ter interrompido uma sequência de quatro retrações mensais consecutivas (com queda acumulada de 18,7%), os serviços não têm acompanhado o ritmo de recuperação de outros setores da economia, como indústria e comércio. “Ainda que tenha voltado a apresentar uma perspectiva de reação no médio prazo, há uma evolução mais lenta do nível de atividade dos serviços”, afirma Tadros.
De acordo com a PMS, o volume de receitas do setor de serviços voltou a crescer em junho (+5%), em relação a maio, já descontados os efeitos sazonais. Contudo, ainda se encontra 15% abaixo da média verificada no primeiro bimestre de 2020. O destaque ficou por conta dos serviços prestados às famílias (+14,9%) e das atividades de transportes (+6,9%), que voltaram a evoluir positivamente. Esses segmentos, entretanto, continuam como os mais afetados pela retração econômica no segundo trimestre.
Turismo ainda sofre
Após resultado positivo em maio, as atividades turísticas medidas pela PMS apresentaram novo crescimento em junho, avançando 19,7%. O Turismo, porém, segue como o setor que se encontra mais distante do nível de atividade verificado antes da pandemia (-59%).
A CNC calcula que, em cinco meses, o segmento de turismo perdeu R$ 153,84 bilhões, operando com 14% da sua capacidade de geração de receita. “Nossa projeção aponta um encolhimento de 32,1% no faturamento real do setor, neste ano, com perspectiva de volta ao nível pré-pandemia no terceiro trimestre de 2023”, explica Fabio Bentes.
Do ponto de vista do emprego, os dados recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelaram que, entre as 21 principais atividades econômicas, aquelas ligadas a atividades turísticas, como alojamento e alimentação fora do domicílio e atividades culturais e de lazer, acusam as maiores baixas, com perdas, respectivamente, de 14,1% e 9,5% da sua força de trabalho formal.
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Fonte: Contabilidade na TV
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