Aprovada no final de 2023, a Reforma Tributária (Emenda Constitucional nº 132/2023) promete simplificar o complexo sistema de impostos do Brasil, trocando cinco tributos por um IVA dual – a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS, federal) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS, estadual e municipal). A promessa é de menos burocracia, mas o impacto para as empresas será bem diferente e, em alguns casos, pode pesar no bolso.
Especialistas já estão alertando: uma pesquisa recente mostra que 53% das companhias planejam contratar ao menos três novos colaboradores para lidar com as mudanças. Mas, além de pessoal, o planejamento estratégico é crucial!
Segundo Mafrys Gomes, especialista em tributação e contabilidade, a maioria das empresas vai sentir um aumento na carga tributária, especialmente no setor de serviços. “Empresas que hoje não pagam certos impostos diretamente, como as de locação de veículos e maquinários, agora terão que pagar. E como elas não terão muitos créditos para abater, o aumento de custos será significativo”, explica.
Para Refletir: Sua empresa está no setor de serviços ou locação? Você já calculou o impacto do novo IVA nos seus custos?
Serviços e Comércio no Foco das Mudanças
Dados do Ministério do Empreendedorismo revelam que uma fatia enorme das empresas brasileiras – 81,7% – atua nos setores de comércio e serviços. São justamente esses os segmentos que sentirão as maiores transformações. “Mesmo que a carga tributária total do país não mude, a forma como ela é distribuída vai gerar desequilíbrios entre os setores”, destaca Mafrys.
Ele é categórico: as empresas precisam iniciar o processo de adaptação agora mesmo. Isso significa:
- Revisar todos os contratos.
- Ajustar os sistemas internos.
- Mapear todos os créditos tributários que poderão ser compensados.
- Reavaliar a cadeia de suprimentos por completo.
“O planejamento tributário vai mudar da água para o vinho. Pequenas decisões operacionais terão um impacto fiscal direto”, alerta o especialista.
Destaque Rápido: A maioria esmagadora das empresas brasileiras atua em comércio e serviços, os setores mais impactados pela reforma.
O Impacto no Simples Nacional e a Transição:
Mesmo o Simples Nacional, um regime de tributação simplificado para pequenas e médias empresas, não ficará imune às mudanças. “Os contratantes (quem compra de empresas do Simples) não terão mais direito ao crédito integral do imposto. Isso pode fazer com que o Simples se torne menos atraente para muitas empresas”, afirma Mafrys.
A transição para o novo sistema começa em 2026 e se estenderá até 2033. É um período longo, mas decisivo. Para Mafrys Gomes, a mensagem é clara: “Quem se antecipar terá uma vantagem competitiva enorme. Não agir agora pode comprometer a competitividade no futuro.”
Opine Rápido: Você acredita que o Simples Nacional vai perder atratividade com a Reforma Tributária? ( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez
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Principais Pontos Para Lembrar:
- A Reforma Tributária cria um IVA dual (CBS e IBS), substituindo 5 tributos.
- Setores como locação e serviços devem sentir um aumento da carga tributária.
- A maioria das empresas brasileiras atua em comércio e serviços, que serão os mais afetados.
- É crucial revisar contratos, sistemas e a cadeia de suprimentos desde já.
- O Simples Nacional também terá impactos, podendo perder atratividade.
- A transição começa em 2026 e vai até 2033; a antecipação é chave.
E agora? O que fazer?
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[ Deixe seu Comentário: Qual a sua maior preocupação com a Reforma Tributária para a sua empresa?
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Contabilidade em SBC é com a Dinelly. Fonte da matéria: Jornal Contábil