Com o objetivo de dar visibilidade, gerar conexões e abrir novos mercados para as Indicações Geográficas, a segunda edição do MOVE+, em Florianópolis (RS), promoveu uma rodada de negócio, com 390 reuniões, entre pequenos negócios com a participação, a convite do Sebrae, de 30 compradores de todas as regiões do país. Os encontros geraram expectativa de R$ 4,8 milhões em vendas para os próximos meses.

A apicultora Rislaine Silva representou um dos 36 pequenos negócios presentes ao evento. Com a marca catarinense Rainha da Flor, ela produz mel que há quatro anos e conquistou o selo de Indicação Geográfica com o Mel de Melato de Bracatinga.

Conhecido como “ouro negro”, o produto possui características únicas e alto valor nutricional. Ele é produzido por abelhas a partir do líquido açucarado secretado por cochonilhas (“pulgões”), que se alimentam da seiva da árvore bracatinga no Planalto Sul Brasileiro.

Mel de Melato de Bracatinga é conhecido como “ouro negro” | Foto: Imagem e Arte

Rislaine participou de 11 encontros comerciais com empresas interessadas na sua produção. “Foi emocionante. É uma oportunidade de sair do meu mundinho, levando meu produto para vários lugares”, comenta. Com proposta de vender seus produtos no modelo “private label” (modelo de negócio onde uma empresa terceiriza a fabricação de um produto para outra empresa, mas vende o produto sob a sua própria marca), ela acredita que conseguirá expandir sua produção. “Se duas das empresas fecharem negócio, para mim já deu certo”, compartilha.

Gustavo Reis, analista de Acesso a Mercados do Sebrae Nacional, explica que a Indicação Geográfica agrega valor aos pequenos negócios com grandes possibilidades mercadológicas.

As Indicações Geográficas são produtos com certificação de origem, identidade territorial que garantem e principalmente com segurança e qualidade. Muitos compradores ficaram surpresos positivamente com os que conheceram no Move+.

Gustavo Reis, analista de Acesso a Mercados do Sebrae

Entre os compradores convidados pelo Sebrae para o evento, realizado em setembro, estavam representantes de restaurantes, cantinas e potenciais exportadores. Um deles foi Renata Pires Funchal, que atua há mais de 15 anos no mercado de alimentos e bebidas com a empresa Moa Foods, com foco em revenda de produtos diferenciados para fora do país e marketplaces.

Renata Funchal atua na revenda internacional de produtos | Foto: Arquivo pessoal

“Participar do MOVE+ fez muito sentido para mim porque os produtos apresentados têm total sinergia com meu negócio”, frisou. Logo após participar da ação em Santa Catarina, Renata esteve em outra rodada de negócios, no Acre, com 27 empresas de fora do Brasil. Desta vez, a iniciativa foi realizada pelo Sebrae em parceria com a ApexBrasil.

“Os produtos brasileiros despertaram real interesse internacional. Vi um enorme potencial para gerar novos negócios e levar a autenticidade do Brasil ao mundo”, afirma Renata.

A rodada de negócios do MOVE+ foi promovido pelo Sebrae com apoio das unidades de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Para o especialista de competitividade setorial do Sebrae RS, Jakson da Luz, o resultado das rodadas de negócios com as Indicações Geográficas foi surpreendente. “É a prova que os produtos têm total aderência com o mercado”, frisa. Ele acrescenta que, antes dos encontros comerciais, os donos de pequenos negócios receberam material com dicas sobre como aproveitar melhor as oportunidades.

Fonte: SEBRAE
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