Por Poliana Nunes
Comunicação CFC
A pouco mais de um mês da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – COP 30, que será sediada em Belém (PA), o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e o Instituto de Auditoria Independente do Brasil (Ibracon) promoveram o evento “Rumo à COP 30: Contabilidade – Transparência para um Futuro Sustentável”.
Composto por quatro painéis temáticos, o encontro, realizado nesta terça-feira (14), reuniu na sede do CFC autoridades, especialistas e lideranças das áreas de contabilidade, auditoria e sustentabilidade, para debater o papel estratégico da profissão contábil diante dos desafios ambientais e sociais que marcam a agenda global.
Na abertura, o presidente do CFC, Aécio Prado Dantas Júnior, destacou o simbolismo e a urgência do tema. “O tema deste evento, Rumo à COP 30, contabilidade, transparência para um futuro sustentável, é uma mensagem ao mundo sobre o papel transformador da nossa profissão. Hoje, a sustentabilidade deixou de ser uma escolha, ela é uma condição de sobrevivência econômica”, afirmou.
Aécio ressaltou que a contabilidade se consolida como aliada da sustentabilidade, ao permitir mensurar impactos, reportar riscos e revelar o verdadeiro valor das decisões corporativas e governamentais. “A contabilidade é a ciência da transparência. Sempre fomos os guardiões do patrimônio. Hoje, somos também os intérpretes do planeta. Não basta reportar lucros, é hora de medir e auditar emissões de carbono, consumo de água, justiça social e governança ética”, pontuou.
O presidente do Ibracon, Sebastian Yoshizato Soares, reforçou que o momento é decisivo para a profissão contábil, diante das recentes regulamentações e avanços normativos no país. “Este é um momento ímpar, porque estamos há um mês da realização da COP 30. É um momento importante para o Brasil e, principalmente, para nossa profissão”, disse.
Sebastian destacou que os últimos três anos foram marcados por significativos marcos regulatórios na área da sustentabilidade corporativa. “Em outubro de 2023, tivemos a Resolução 193, que colocou o Brasil em posição de protagonismo ao determinar a adoção, a partir de 2026, das informações financeiras de sustentabilidade de acordo com as normas S1 e S2. Na sequência, o Banco Central também impôs as mesmas exigências às instituições financeiras”, explicou.
O dirigente do Ibracon ressaltou que o avanço das normas internacionais, como a emissão das IFRS S1 e S2 pelo ISSB, o novo Código de Ética do IESBA e a Resolução CFC nº 1710, que atribui ao contador e ao auditor a responsabilidade pela elaboração, compilação, divulgação e asseguração dessas informações, consolida o papel da profissão contábil na agenda sustentável. “Todos os atores envolvidos têm tomado decisões importantes, e o resultado é que o Brasil hoje ocupa uma posição de destaque nesse cenário”, afirmou.
Sebastian também citou empresas brasileiras que já saíram na frente. “Tivemos a Vale e a Renner fazendo a adoção antecipada dos relatórios de sustentabilidade, e recentemente a Natura e a Irani Embalagens anunciaram a adoção voluntária ainda em 2025. Esse conjunto de fatores coloca o Brasil na posição merecida de protagonismo”, concluiu.
Fonte: Conselho Federal de Contabilidade
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