O conceito de modelo de negócio é usado para caracterizar diferentes aspectos do ambiente corporativo, desde a concepção de uma empresa ao seu reposicionamento no mercado.
É comum encontrar na literatura especializada definições como modelo de negócio analógico, em referência às empresas tradicionais, ou digital, caracterizado pelas empresas inovadoras.
No contexto da nova economia, os modelos lineares, em que produtos e serviços são produzidos e empurrados para o público, estão gradativamente sendo substituídos por modelos compartilhados e escaláveis, criados a partir de uma contribuição relevante da análise de dados.
A criação de novos modelos de negócio, bem como a recriação de alguns existentes, fazem parte da própria evolução dos mercados, sobretudo após a transformação digital.
Ao longo deste artigo, descubra o que é, para que serve e como funciona um modelo de negócio, bem como a sua importância para o sucesso de um empreendimento.
O que é modelo de negócio?
Modelo de negócio pode ser definido como o desenho da estrutura empresarial, por meio do qual a organização pretende criar e entregar valor a seus stakeholders.
Para tanto, deve contemplar a estrutura de receita e custo, métodos de precificação, seleção de clientes, oferta de produtos e serviços, entre outros aspectos que compõem o plano de negócios.
Em resumo, o modelo de negócio define como a empresa pretende ganhar dinheiro e garantir seu fluxo de capital no longo prazo.
Ao longo da história, os modelos de negócio evoluíram e se tornaram mais eficientes, acompanhando os avanços tecnológicos que proporcionam soluções cada vez mais inovadoras.
Um modelo de negócio, portanto, precisa incluir:
- Proposta de valor
- Definição do público-alvo
- Estrutura de custo
- Capacidade de produção
- Rede de parceiros
- Canais de venda e distribuição
- Expectativas de receitas e lucratividade.
Na era pré-digital, esses elementos eram configurados considerando apenas o ambiente offline, devido às dificuldades impostas pela barreira espaço-tempo.
Com o compartilhamento de dados em tempo real e em quantidade nunca antes experimentada, os modelos de negócio digitais têm ganhado cada vez mais importância no contexto econômico global.
As plataformas de e-commerce, marketplaces e os aplicativos para os mais diferentes tipos de serviços são exemplos de modelos de negócios que dependem essencialmente da internet.
Muitos desses novos modelos romperam com conceitos arraigados até então, tornando-se altamente escaláveis e replicáveis.
Para que serve um modelo de negócio?
O principal objetivo do modelo de negócio é nortear a criação do planejamento estratégico, bem como as metas de curto, médio e longo prazos da empresa.
A partir do modelo de negócio, o empreendedor tem os fundamentos necessários para fazer o alinhamento entres os níveis operacional, tático e estratégico do negócio.
As hierarquias internas (subordinação, partnership), a estratégia de expansão (filiais, franquias), bem como as tomadas de decisões (centralizadas, descentralizadas) são práticas de gestão, mas que têm como base o modelo de negócio.
Empresas que admitem sócio-investidor, como as startups que buscam nas rodadas de investimento recursos para alavancar suas operações, usam o argumento do modelo de negócio para conseguir o capital necessário.
Afinal, antes de aportar dinheiro em um projeto empresarial, o sócio-investidor faz uma diligência prévia para entender em detalhes como a empresa pretende capturar e entregar valor aos acionistas/cotistas.
Exemplos de modelo de negócio
Da revolução industrial à revolução tecnológica, diversos modelos de negócios foram criados, recriados e aprimorados à medida em que surgem novas ferramentas e novas demandas de mercado.
A seguir, confira alguns exemplos:
Modelo de negócio de franquia
O modelo de franquia, muito comum no segmento de lanchonetes e restaurantes, é uma das estratégias de crescimento que descentraliza investimentos e responsabilidades.
Ao adquirir uma franquia, o franqueado se compromete em seguir as normas de padronização do franqueador, sendo o responsável pela operação do negócio.
Para o franqueado, a vantagem é contar com uma marca consolidada e com o suporte do franqueador, inclusive no fornecimento dos insumos e produtos necessários.
Para o franqueador, novas unidades significam mais faturamento, expansão dos negócios e aumento do market share.
Modelo de negócio de marketplace
As plataformas de marketplace, criadas para fazer a ponte entre fornecedores de produtos e serviços e seus clientes, são um modelo de negócio que tem crescido com a popularização da internet.
Até empresas tradicionais, como grandes lojas de varejo, aderiram ao marketplace, admitindo a venda de produtos de micro e pequenas empresas por meio de seus canais de venda e distribuição.
Os marketplaces mais conhecidos no Brasil são os focados no B2C (Business to Consumer), como os delivery de comida e de utilidades domésticas, mas há oportunidades também no mercado B2B (Business to Business).
Modelo de negócio escalável
Os modelos de negócios escaláveis também são iniciativas que usam a internet e as soluções digitais para ganhar eficiência operacional e captar clientes, mantendo uma estrutura de custos modesta.
As fintechs são bons exemplos de escalabilidade, bem como as plataformas de contabilidade online.
Sem agências ou escritórios físicos e com um alto nível de automatização, essas empresas conseguem aumentar exponencialmente sua base de clientes sem elevar os custos na mesma proporção.
Como funciona um modelo de negócio?
Ao definir qual modelo de negócio adotar, o empresário deve escolher uma metodologia para criar o plano de negócios e colocá-lo em prática.
Há diferentes instrumentos para isso, desde os planos detalhados e teóricos aos modelos enxutos, como o Canvas e o OGSM (Objetivos, Metas, Estratégias e Medidas).
Ao estruturar um modelo de negócio, o gestor precisa deixar claro os seguintes elementos essenciais:
- Que tipo de produto/serviço será oferecido
- Como as ofertas de serviços/produtos serão diferenciadas da concorrência
- Como as tarefas serão executadas
- Quais funções serão terceirizadas
- De onde virão os recursos para financiar as atividades
- Como a empresa pretende capturar lucros.
São levados em consideração tanto os aspectos externos, como concorrência e disponibilidade tecnológica, quanto os internos, como o desenvolvimento de produtos e gestão de processos.
Como fazer um modelo de negócio
Como vimos, o modelo de negócio pode ser desenvolvido por meio de diferentes ferramentas, das quais o Business Model Canvas é uma das mais conhecidas.
Trata-se de um mapa de nove blocos, pré-formatado em uma única página, cujo propósito é responder a quatro perguntas centrais da empresa: como, o que, para quem e quanto.
Os blocos são compostos pelos seguintes tópicos:
- Proposta de valor: o que a empresa pretende oferecer que agregue, de fato, valor ao cliente
- Segmento de clientes: qual o público-alvo a empresa pretende alcançar
- Canais: como o cliente comprará e receberá o produto/serviço oferecido pela empresa
- Relacionamento: quais são as estratégias de relacionamento da empresa com seu cliente
- Atividade-chave: o que é preciso fazer para entregar a proposta de valor ao cliente
- Principais recursos: quanto de investimento será necessário para tirar o projeto do papel
- Parcerias principais: quais atividades podem ser terceirizadas, buscando o aumento da eficiência operacional
- Fontes de receita: como a empresa pretende faturar e lucrar a partir da proposta de valor
- Estrutura de gastos: quais são os principais custos e despesas inerentes ao funcionamento da empresa.
Muito usado pelas startups, o Business Model Canvas pode ser adotado também por empresas convencionais, dada a simplicidade de aplicação.
Ao representar as ideias em blocos, o gestor consegue visualizar com muito mais facilidade os principais fluxos e processos.
A importância da contabilidade para montar o negócio
Definir um modelo de negócio e construir um plano estratégico que contemple, mesmo que de forma resumida, as principais peças da engrenagem da organização, é condição essencial para o sucesso no ambiente de negócios.
Sem planejamento e pesquisa, as chances de o empreendedor entrar para a triste estatística de empresas que morrem prematuramente são grandes.
A boa notícia é que esse risco pode ser mitigado com uma consultoria profissional.
É fundamental que o gestor tenha ao seu lado profissionais qualificados e experientes para ajudá-lo durante a fase de modelação do negócio, sobretudo na interpretação dos números.
Nesse aspecto, a contabilidade tem papel central, não apenas nos trâmites burocráticos junto aos órgãos governamentais, como também na definição da estrutura de custos, planejamento tributário e outras etapas que fazem parte do processo.
O contador é o profissional com a expertise necessária para indicar a melhor natureza jurídica, o regime tributário mais adequado, assim como o tipo de contratação mais viável.
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Fonte: Jornal Contábil
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