Passamos da metade do ano. Muita coisa aconteceu desde o planejamento das metas para 2022. Mas como está a execução delas? Uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou que a inadimplência atingiu 28,7% das famílias brasileiras em maio – maior percentual em 12 anos. 22,2% dos endividados utilizou mais da metade de renda para quitar dívidas com bancos e instituições financeiras. Isso é muito.
Mas para quem pensa que já não há mais jeito, aviso: há. É possível sair do vermelho antes do ano acabar. Só é preciso se organizar. Lembra da lista de objetivos a serem alcançados criada na virada do ano? É hora de ver o que foi feito, o que ainda falta fazer e como encaixar isso nas contas.
O primeiro passo é fazer uma planilha de gastos. Na internet é bem fácil encontrar alguns modelos prontos. Na sequência, é preciso preenchê-la com as despesas mensais. Para quem prefere controlar as finanças pelo celular, é possível baixar aplicativos que oferecem a possibilidade de incluir entradas e saídas de dinheiro, visualizar gráficos, além de receber relatórios. É importantíssimo entender o próprio fluxo de caixa e essas soluções ajudam nisso. O monitoramento constante dos gastos realizados e metas financeiras evita surpresas desagradáveis.
Mas falar em não se endividar com o valor do salário mínimo, os custos do dia a dia e os impostos é quase que utópico. São tantos boletos e gastos imprevistos que riscar os itens da lista de metas parece um sonho cada vez mais distante. Por isso, se ao realizar o controle mensal você perceber que precisará de ajuda para conseguir fechar o mês (ou o ano) “no azul”, pense em uma solução mais eficaz para você. As taxas de cartão de crédito e cheque especial são exorbitantes, é preciso fugir.
Uma alternativa é o crédito consignado privado, que tem juros mais baixos e que, por ser oferecido em uma parceria com o departamento de Recursos Humanos das empresas conveniadas, é entregue com programas de educação financeira, que auxiliam na hora de quitar o empréstimo. O desconto é direto na folha de pagamento, o que evita a inadimplência.
Ficar com o nome “sujo” é uma das principais preocupações que tira o sono dos brasileiros. Compromete o desempenho no trabalho, afeta as relações do dia a dia. De acordo com o estudo “The Employer’s Guide to Financial Wellbeing 2018-19”, feito no Reino Unido, funcionários com preocupações com dinheiro produzem, em média, 15% menos que os colegas. Evitar isso é possível. Ainda faltam alguns meses para o ano acabar. Dá tempo de se reorganizar.
Por Victor Loyola, sócio da Neon ConsigaMais, unidade de negócio responsável por crédito ao consumidor na Neon
Fonte: Jornal Contábil
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