Muito frequente nos brasileiros, a leucodermia gutata ou “sardas brancas” são manchas brancas que medem cerca de 1 a 5 mm e aparecem principalmente nas áreas expostas, como braços, antebraços e pernas, podendo aparecer no colo também. Segundo a médica dermatologista Julyanna do Valle, é mais comum que elas surjam a partir dos 40 anos porque são consequências dos danos na pele, devido ao efeito cumulativo do sol.
“Os raios ultravioletas causam danos no DNA dos melanócitos, que são as células que produzem o pigmento da pele. E o efeito cumulativo do sol, que pegamos desde a infância sem a devida proteção, é que vai causas essas manchinhas, por isso são mais comuns depois dessa idade. Percebemos que alguns pacientes têm predisposição genética maior em desenvolver essas manchas, mas é principalmente pela exposição solar sem a proteção adequada”, explica a médica.
Apesar de menores, essas manchinhas podem ser confundidas com vitiligo, que também não causa prejuízos à saúde do paciente, mas por isso é preciso visitar o dermatologista regularmente para. As sardas brancas não coçam, não doem e não são contagiosas e são benignas. A condição causa a despigmentação e afeta a uniformidade da cor da pele, podendo causar um aspecto envelhecido criando insatisfações estéticas.
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Quais as opções de tratamento?
Segundo a dermatologista Julyanna do Valle, até pouco tempo os tratamentos eram pouco efetivos, como a crioterapia e alguns tipos de laseres, mas o resultado não era tão satisfatório. “Hoje temos a técnica de microinfusão de medicamentos na pele (MMP) que nos dá respostas muito melhores porque estimula para que a própria pele produza o pigmento, então vamos ter uma pigmentação bem natural na maioria das vezes com uma ou duas sessões e às vezes com manutenção anual e é um procedimento tranquilo em relação à dor”, orienta Julyanna.
Apesar disso, o melhor tratamento ainda é a prevenção com o uso correto do protetor solar, inclusive para impedir a piora das manchas. “É importante estar atento para a quantidade e a frequência corretas, com reaplicação a cada 3 ou 4 horas. A quantidade adequada de protetor solar para o rosto e o pescoço é o equivalente a uma colher de chá (cerca de 2 ml) e, para o restante do corpo, são indicadas três colheres de sopa (cerca de 10 ml). Essa regra deve ser seguida principalmente se tiver em exposição direta ao sol, em atividade física, praia, clube ou trabalho e se houver banho de piscina ou mar é preciso reaplicar mais vezes”, finaliza.
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Fonte: Jornal Contábil
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