Entre painéis, debates e lançamentos de iniciativas, o diretor técnico nacional do Sebrae, Bruno Quick, articulou agendas estratégicas no segundo dia da COP30, em Belém (PA). Nesta terça-feira (11), ele se reuniu com representantes do Executivo, do Legislativo, de investidores e da indústria para avançar em medidas que coloquem a bioeconomia no centro da estratégia de desenvolvimento do país. A convergência entre políticas públicas, capital privado e capacidade industrial com sustentabilidade é vista pelo Sebrae como medida fundamental para um salto significativo rumo a uma economia verde e de baixo carbono.
As agendas começaram no espaço da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na Blue Zone, área mais restrita da COP, onde Quick reforçou parcerias como a recém-lançada Facility Investing, plataforma de financiamento do Instituto Amazônia+21 para atrair capital privado para projetos sustentáveis na região amazônica, e o programa Juntos pela Indústria. “Para um país que quer superar a dependência de commodities e agregar valor, a indústria é o caminho”, destacou o diretor.
Atuamos juntos para atender as empresas nos territórios. Estamos percorrendo o Brasil para apresentar essa pauta comum ofertando capacitação e inteligência estratégica. Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae
Na visão do diretor técnico do Sebrae, a expansão da bioeconomia depende de ambiente regulatório simples, capaz de fortalecer cooperativas, organizar cadeias de suprimento e levar a industrialização sustentável para dentro da região. “A Amazônia já gera riqueza, mas de forma pontual. Com políticas adequadas, podemos dar um salto no desenvolvimento”, afirmou. O potencial de produtos como açaí e cacau foi citado como uma pequena amostra de mercado consolidado que pode se repetir com centenas de espécies aptas a originar medicamentos, cosméticos e alimentos de alto valor agregado.
Em uma das agendas, Quick esteve com o deputado federal Rodrigo Rollemberg, ex-secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, que tem reforçado a urgência de atualizar políticas públicas para destravar inovação e pesquisa. Outro interlocutor dos encontros, o presidente da varejista Bemol, Denis Minev, é defensor de instrumentos financeiros capazes de transformar os negócios sustentáveis em protagonistas da economia amazônica. Investidor em startups de base florestal, Minev tem se manifestado a favor de uma normatização simples, previsível e favorável à inovação.
Daniel Godinho, diretor de sustentabilidade e relações institucionais da multinacional brasileira WEG, também participou das conversas sobre estratégias para a transição energética na Amazônia, considerada ao mesmo tempo gargalo e oportunidade. Usinas solares descentralizadas e baterias de lítio estão entre as soluções para dar autonomia energética a empreendimentos da bioeconomia em áreas remotas.

À noite, Bruno Quick prestigiou o lançamento do programa Prospera Sociobio, lançado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) no Porto Futuro II, em Belém. Ele foi chamado ao palco, junto a outros parceiros da pasta, para receber agradecimentos formais. O objetivo do governo, com a iniciativa, é apoiar cadeias produtivas da sociobioeconomia, valorizando as pessoas que estão nos territórios praticando manejos sustentáveis e alavancando economias locais. Na ocasião, o diretor ressaltou as convergências do trabalho do Sebrae com a agenda do Ministério.
Integrantes da pasta, como Carina Pimenta, secretária de Sociobioeconomia do MMA, que fez o lançamento do projeto, já estiveram em missões técnicas do Sebrae na região do Baixo Amazonas, no oeste do Pará. Lá, a instituição trabalha em diversas frentes para apoiar um novo modelo de desenvolvimento focado na bioeconomia, com duas incubadoras de startups, projeto de iconografia e design, capacitações, missões empresariais, entre outras ações.
Entre as agendas paralelas, o diretor Bruno Quick lançou uma edição especial do programa Inova Amazônia. O objetivo é apoiar 80 empresas da região amazônica para a internacionalização. As inscrições já estão abertas. O lançamento do edital foi feito no estande do Sebrae na Green Zone.
O Sebrae na COP30
Com estande de 400 m² instalado na Green Zone, o Sebrae transforma sua presença na COP30 em uma experiência imersiva inspirada na Amazônia e na diversidade do país. Além de vitrine viva de inovação e cultura, é um espaço de diálogo e network, com sala de reuniões, auditório e loja colaborativa de produtos da bioeconomia, conectando lideranças, investidores e empreendedores.
De 10 a 21 de novembro, das 9h às 20h, a programação combina conteúdo, cultura e sensorialidade, com atrações como webséries e documentários exibidos no “PedaCine do Brasil”, apresentações culturais, degustações e harmonizações com ingredientes regionais. O Sebrae também montou a Zona do Empreendedorismo (En-Zone), no Parque Belém Porto Futuro, e trabalha em ativações urbanas e outros pontos de presença pela capital do Pará.
Acompanhe a cobertura completa dos pequenos negócios na COP30 pela Agência Sebrae de Notícias.
Fonte: SEBRAE
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