Os pequenos negócios brasileiros têm um papel fundamental na agenda de transição verde mundial, mas precisam das condições adequadas para se desenvolverem de forma justa e inclusiva. É o que Sebrae está defendendo na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 29, que acontece até 22 de novembro, em Baku, capital do Azerbaijão. O presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, reforçou a necessidade do enfrentamento das mudanças climáticas com justiça social para as micro e pequenas empresas (MPE).
“Um mundo ligado à Inteligência Artificial (IA), globalizado, não pode conviver com 750 milhões de seres humanos no Mapa da Fome, como é o caso do nosso país, que havia saído dessa situação e retornou a ela, em um passado recente, com 50 milhões de pessoas passando fome”, argumentou Lima. Ele destacou o protagonismo que o Brasil recuperou com o governo do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice Geraldo Alckmin, passando da 12ª economia mundial, em 2022, para a oitava posição que ocupa agora.
“O presidente Lula trouxe de volta o protagonismo do Brasil neste terceiro mandato, não dá para o mundo tentar enfrentar a crise climática sem um país gigante, mega diverso como o Brasil”, complementou o presidente da Apex, Jorge Viana.
COP 30, em Belém
O dirigente do Sebrae lembrou ainda que o evento no Azerbaijão será um grande aprendizado para o Brasil, que em 2025 sediará a COP30, em Belém (PA). Segundo ele, o país-sede do evento este ano tem “praticamente resolvido” desafios como fome e miséria, com apenas 1% de desemprego e 1,8% de inflação.
A COP 30 vai trazer a visibilidade e a grandeza que nós representamos. Só o Brasil tem a Amazônia e seis biomas, e oferece um processo de utilização de energia renovável numa proporção em que quase alcançamos 90% do nosso consumo. Temos uma possibilidade significativa de mostrar para o mundo os paradigmas que nós representamos.
Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional.
A preparação do Brasil para a COP 30 também foi destaque na fala do secretário nacional de Infraestrutura, Crédito e Investimento do Ministério do Turismo (MTUR), Carlos Henrique Menezes Sobral, que integra a comitiva brasileira na COP 29. Ele destacou o investimento que a Pasta realizou, com foco no Pará, no Fundo Geral de Turismo (Fungetur).
“O ministro Celso Sabino, fora todo o limite que nós já encaminhamos para os agentes financeiros, fez uma portaria única no valor de R$ 100 milhões para que possa ser usado no Fungetur, exclusivamente para a COP”, detalhou. Segundo Sobral, as condições facilitadas de financiamento, voltado especialmente para investimento em infraestrutura, conta com taxa de juros reduzida, cinco anos de carência e 20 anos para quitar. “Em termos de condições para infraestrutura, podemos considerar um dos melhores do mercado”, completou.
Crédito acessível
O crédito mais acessível, principalmente para os pequenos negócios, também é objetivo de instituições financeiras que estão trabalhando em parceria com o governo federal. O presidente do Banco da Amazônia, Luiz Lessa, reforçou que esse apoio, em especial para a cadeia produtiva do Pará, pode mudar a realidade econômica das MPE.
“Quando a gente leva crédito para o desenvolvimento da infraestrutura, a gente traz benefícios de forma coletiva para toda a região. Ou quando a gente leva crédito para os hubs de negócios importantes para a região, que têm vocação, como a agroindústria, principalmente. Geramos toda uma estabilidade, com emprego e renda para a região”, justificou.
“Nós sabemos que dois terços da economia são de crédito”, adicionou Décio Lima. Ao traçar um paralelo com o Azerbaijão, o presidente do Sebrae explicou que a grande maioria das empresas no país asiático, assim como o Brasil, são de pequenos negócios. A diferença é que, no caso brasileiro, praticamente 80% desses empresários não tinham acesso a crédito. “Agora, com o Acredita, uma grande carteira construída pelo presidente Lula e o vice Alckmin, nós poderemos impulsionar também a economia dos pequenos. E é por isso que o Sebrae está aqui, porque nós entendemos que o pequeno não vive na paróquia, mas pequenos podem vender para o mundo”, completa o presidente do Sebrae.
Sebrae na COP 29
Os pequenos negócios são atores essenciais no combate ao aquecimento global. Representando mais de 95% dos negócios no Brasil e 30% do PIB do país, as micro e pequenas empresas estão posicionadas de forma única para causar um impacto significativo nas mudanças climáticas.
O Sebrae atua para transformá-las em protagonistas do desenvolvimento sustentável. A COP30, em 2025, será realizada no Brasil, em Belém (PA). Mesmo não sendo responsáveis pela maior parte das emissões, os pequenos negócios podem dar contribuições significativas para o alcance da meta de carbono zero, por meio de inovações e serviços para a transição verde.
Participaram da abertura do espaço a diretora de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Margarete Coelho, o diretor superintendente do Sebrae Pará, Rubens Magno, a deputada Federal Ana Paula Lima (PT/SC), o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Amapá, Josiel Alcolumbre, o embaixador do Brasil no Azerbaijão, Manoel Montenegro e Itamar Manso, conselheiro do Sebrae Nacional.
Serviço:
Assessoria de Imprensa do Sebrae
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Imprensa – (61) 9.9242-1950
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Fonte: SEBRAE
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