O Sebrae tem intensificado o apoio ao crescimento de mais de 240 ecossistemas locais de inovação, muitos deles situados fora dos grandes centros urbanos, aprofundando a análise das demandas regionais e reunindo os principais atores de cada território para impulsionar a trajetória das startups brasileiras.

Durante o Web Summit Rio 2025, o coordenador do Polo de Referência Sebrae Startups, Paulo Puppin, destacou, nesta quarta-feira (30), os benefícios da inserção nesses ecossistemas e a importância de buscar o apoio da entidade para preparar as empresas para o mercado.

O primeiro passo é realizar um diagnóstico do território, identificando suas demandas e seus pontos fortes. Em seguida, é fundamental avaliar a eficiência do empreendedor e sua integração com o ecossistema local. A partir desses dois vetores, podemos determinar a maturidade do território. O foco deve ser menos a comparação com os gigantes mundiais e mais o trabalho na territorialidade e nos desafios locais.

Paulo Puppin, coordenador do Polo de Referência Sebrae Startups.

O coordenador do Sebrae também apresentou exemplos de ecossistemas que têm prosperado ao investir no potencial local e utilizar o capital humano presente na região, como Itajubá, em Minas Gerais. “O trabalho que realizam lá é incrível, com incubadoras, laboratórios e universidades. Atualmente, 28% do imposto arrecadado provém de empresas de tecnologia”, ressaltou Paulo Puppin.

Para atrair mais investimentos, o Sebrae tem mapeado mais de 18 mil empresas inovadoras no país por meio do Observatório Sebrae Startups. “O grande desafio é a atração de capital. Para isso, o trabalho é feito previamente. Para que o investidor tenha confiança, ele precisa de informações relevantes sobre os negócios e sobre os territórios. Essa organização é o que atrairá o investimento”, comentou Puppin, destacando que a ferramenta oferece uma série de trilhas para aprimorar a trajetória do empreendedor.

Fred Alecrim, fundador do Varejo Casting, podcast voltado para negócios, e CEO da UAUGO Mais, participou do painel e enfatizou a importância de as startups buscarem o apoio do Sebrae para alcançar voos mais altos. “Comecei minha carreira como estagiário do Sebrae e testemunho o trabalho fantástico que a entidade realiza na ponta para fortalecer os ecossistemas. Uma jornada que deixa de ser solitária e passa a ser solidária. É fundamental conscientizar as startups presentes de que é possível, por meio dos ecossistemas, acelerar seus negócios, ter acesso a recursos e obter ajuda. Nosso papel foi fomentar essa ideia e mostrar que o Sebrae é um parceiro essencial para fortalecer esses ecossistemas”, avaliou.

Foto: André Cyriaco.

Bioeconomia

Durante a tarde, o coordenador do Polo de Referência Sebrae Startups apresentou um painel sobre o papel da entidade no apoio às startups inseridas na bioeconomia e na promoção da sustentabilidade. Ele recordou a atuação do Inova Biomas, que fortalece os pequenos negócios locais por meio da inovação e da preservação da natureza nos diferentes territórios brasileiros (Caatinga, Cerrado, Pampa, Pantanal, Amazônia e Mata Atlântica).

As propostas selecionadas recebem capacitação, mentoria e apoio financeiro por meio da Bolsa de Estímulo à Inovação, durante seis meses, no valor de R$ 6,5 mil por mês, totalizando até R$ 39 mil.

“Essa é uma ação relevante, não apenas no aspecto financeiro, mas também por manter as pessoas em seus territórios e garantir que a floresta e seus biomas permaneçam preservados”, afirmou Paulo Puppin, convidando todos a participarem da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Belém (PA), em novembro. “Na COP30, apresentaremos todos esses programas e startups. O mundo inteiro virá a Belém, e daremos um impulso ao investimento no setor no país”, concluiu o representante do Sebrae.

Fonte: SEBRAE
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