Para se registrar como microempreendedor individual (MEI), o interessado precisa seguir alguns critérios, além de verificar se a atividade que pretende desenvolver está entre aquelas que são permitidas à categoria.
No entanto, ao longo dos últimos anos, algumas atividades foram retiradas do enquadramento MEI, como é o caso dos profissionais que atuam como seguranças independentes.
Essa alteração foi feita em 2015 a pedido da Polícia Federal, através da Resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) nº 122, que entrou em vigor a partir do ano-calendário de 2016.
A justificativa, segundo informações do Sebrae, é de que para executar as funções de segurança, é necessário ser uma empresa registrada junto à própria Polícia Federal, além de seguir as regras para constituição e funcionamento, observando principalmente o treinamento adequado da equipe, por exemplo.
Sendo assim, a pessoa individual não pode realizar atividades de segurança. A partir da proibição os profissionais tiveram que se enquadrar à nova legislação.
Mas, se você está se perguntando como atuar na área estando regular perante a lei.
Então, continue acompanhando este artigo e veja como é possível se registrar.
Atividades permitidas
Antes de falarmos sobre a formalização do profissional que deseja atuar como segurança, é preciso ressaltar que todas as atividades permitidas ao MEI são pré-definidas e estão identificadas através de um código CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas).
Ele serve para padronizar as atividades econômicas do país.
A lista, que possui mais de 400 atividades, pode ser conferida através do Portal do Empreendedor.
Segurança pode se formalizar?
Além da profissão de segurança, as ocupações relacionadas à guarda-costa e vigilante também foram retiradas da lista de permissões do MEI.
Desta forma, esses profissionais que desejam continuar atuando no ramo, podem se registrar como Microempresa (ME), que é um tipo de empresa voltada àqueles que possuem faturamento igual ou inferior a R$ 360 mil.
Critérios do ME
Diferente do MEI que se enquadra apenas no Simples Nacional, na ME o profissional pode escolher dentre os seguintes regimes tributários:
- Simples Nacional,
- Lucro Real,
- Lucro Presumido.
Essa escolha vai depender do faturamento da sua empresa nos últimos 12 meses e dentre os impostos que são comuns à ME, estão o IRPJ, PIS e Cofins.
Além disso, é possível escolher entre as categorias de natureza jurídica Empresário Individual, EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada), Sociedade Simples ou Sociedade Empresária e o profissional têm permissão para emitir notas fiscais de vendas, tanto para pessoa física quanto para jurídica.
Desta forma, para abrir uma Microempresa saiba que é necessário ter um contrato social e formalizar a situação na junta comercial.
Vale ressaltar que é obrigatório a contratação de um profissional contábil para gerenciar o cumprimento das obrigações mensais.
A mudança de MEI para ME também é possível para aquelas empresas que, com o passar do tempo, observam o crescimento do empreendimento, sendo necessário migrar para um regime tributário maior e mais adequado.
Vantagens e as desvantagens da ME
- Pode optar por diferentes regimes de tributação, como o Simples Nacional, que unifica todos os impostos a serem pagos num único documento de arrecadação;
- A fiscalização voltada à Microempresa é majoritariamente orientadora, por isso é mais fácil corrigir possíveis irregularidades sem ter de arcar com multas;
- Na ME, podem ser contratados entre 9 (para serviços e comércios) e 19 pessoas (para construção civil e indústrias);
- Uma desvantagem consiste no fato de que o titular da ME é responsável por arcar com todos os seus débitos. Isso significa que tanto seu patrimônio pessoal como o empresarial são unificados;
- Outra desvantagem é que a Microempresa não pode ter sua titularidade passada para outra pessoa. Portanto, essa não é a melhor opção para quem deseja montar um negócio para vendê-lo no futuro;
- Quanto à formalização, devemos lembrar que no caso do MEI é feita de forma online e sem burocracia, no entanto, para a ME é mais complexa: precisa de contrato social;
- A ME deve cumprir todas as obrigações contábeis de uma empresa normal.
Dica Extra do Jornal Contábil: MEI saiba tudo o que é preciso para gerenciar seu próprio negócio. Se você buscar iniciar como MEI de maneira correta, estar legalizado e em dia com o governo, além de fazer tudo o que é necessário para o desenvolvimento da sua empresa, nós podemos ajudar.
Já imaginou economizar de R$ 50 a R$ 300 todos os meses com toda burocracia, risco de inadimplência e ainda ter a certeza que está fazendo suas declarações e obrigações de forma correta.
E o melhor é que você pode aprender tudo isso em apenas um final de semana. Uma alternativa rápida e eficaz é o curso MEI na prática. Trata-se de um curso rápido, porém completo e detalhado com tudo que um MEI precisa saber para ser autônomo e nunca mais passar por dificuldades ao gerir o seu negócio.
Quer saber mais? Clique aqui e mantenha sua empresa MEI em dia!
Por Samara Arruda
O post Segurança particular pode ser MEI? apareceu primeiro em Rede Jornal Contábil – Contabilidade, MEI , crédito, INSS, Receita Federal .
Fonte: Jornal Contábil
Abertura de empresa em São Bernardo do Campo com o escritório de contabilidade Dinelly. Clique aqui