O tema sensemaking será cada vez mais discutido nos próximos anos entre as organizações e não por acaso, pois estamos na era em que os problemas, as lacunas e os ‘singelos’ desajustes não serão percebidos com base apenas em métodos tradicionais.
Christian Madsbjerg, autor do livro Sensemaking: The Power of The Humanities in the Age of the Algorithm (Sensemaking: O Poder das Humanidades na Era do Algoritmo) e fundador e sócio sênior da ReD Associates, apresentou uma breve definição do que seria sensemaking no evento Bridging the Gap, organizado pela Universidade de Chicago.
Madsbjerg sintetiza a ferramenta sensemaking como a capacidade de unir diferentes tipos de dados e conseguir unificá-los em uma imagem e a partir disso, realizar um julgamento a partir dessa análise. Ele acredita que há um conhecimento que está além daquele adquirido na experiência cotidiana e diz isso com base em sua experiência em grandes corporações.
Para ele há dois conhecimentos relevantes, o primeiro é o conhecimento objetivo, com base naquilo que se vê, naquilo que é palpável e o segundo conhecimento é o subjetivo, baseado naquilo que se sente e ambos são considerados no ambiente organizacional.
E quando se fala no conhecimento subjetivo há algo além a ser considerado (um terceiro tipo de conhecimento), que está no sentir, no perceber, além do que é mencionado, além dos dados que são apresentados e é isso que tem feito a diferença nas grandes organizações.
Na Plano Consulting nos utilizamos da ferramenta sensemaking para perceber as organizações como um todo, porque ao longo do desenvolvimento de nossas habilidades, temos nos atentado para além do que é técnico e racionalmente palpável, também procuramos enxergar o ‘invisível’, que diz muito sobre as empresas.
Ferramenta sensemaking – nem tudo é tão óbvio assim!
Inicialmente o termo Sensemaking foi tratado por Karl Weick e desde então cada vez mais organizações têm se atentado a essa ferramenta.
Quando lidamos com um negócio e precisamos estruturar informações, nem tudo está claro, sendo assim, torna-se complexo obter um panorama baseado na realidade da organização.
Múltiplas observações são utilizadas, com base nos dados obtidos, criando uma realidade (desenho atual) do contexto da organização.
Múltiplas observações imersas em subjetividade são colocadas em ação. Tudo o que se sabe sobre a empresa é coletado junto a hipóteses que ainda serão testadas.
É preciso considerar a singularidade de cada negócio, levar em conta as necessidades particulares.
A tradução de um contexto para a realidade dependerá de fatores que só poderão ser enxergados com o auxílio de métodos em particular como é o caso da ferramenta Sensemaking.
A Plano utiliza essa ferramenta geralmente em todo o processo que envolve a elaboração de estratégias e na remodelação e reestruturação das empresas.
Nem mesmo quando líderes e gestores se unem é possível enxergar com clareza os problemas em uma organização, porque muitas vezes essa identificação de problemas está no sentir de maneira integrada, que permite, inclusive, a percepção daquilo que é óbvio, porém quando os propósitos em um negócio não caminham em comum, até mesmo aquilo que parece óbvio se torna aos olhos do todo como desimportante, podendo em muitos casos, ser parte crucial da solução de um conflito.
- Como o negócio se comporta diante dos conflitos?
- Quais os últimos acontecimentos?
- Qual tem sido a cultura da empresa desde a sua existência?
- Como é o processo usual para a resolução de problemas?
- De que maneira os líderes e gestores estão conectados no cotidiano do negócio?
Podemos comparar o sensemaking de certa forma ao comportamento do corpo humano em prol de uma cura. Imaginemos que o problema inicial observado seja um câncer no pulmão, diante desse diagnóstico, quais as outras áreas do corpo afetadas?
No processo de tratamento, quais áreas do corpo precisarão de reforço por terapias medicamentosas ou não? Como deverá ser a alimentação nesse período? O paciente, logo, todo o seu corpo, deverá atuar em prol da cura da doença, para o restabelecimento da saúde. Nesse momento, tudo o que for sentido, precisa ser relatado e será relevante para o corpo médico.
No que se refere a uma organização, não é diferente. Para enxergar os problemas com clareza, é preciso considerar todas as particularidades, aquilo que se sente entre o corpo da empresa.
A ferramenta sensemaking é uma metodologia capaz de trazer o negócio para uma consciência sobre a sua real situação, sendo assim, para a compreensão não apenas dos seus problemas, mas da raiz deles, o que gera maior eficiência no processo de resolução.
Por Plano Consulting, atuando no setor público e em grandes empresas há 18 anos.
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Fonte: Jornal Contábil
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