De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o câncer do intestino afeta principalmente pessoas com 50 anos ou mais, mas estudos recentes mostram que a incidência está aumentando entre os mais jovens. No geral, a OMS classifica o câncer colorretal como o terceiro tipo de câncer mais comum em todo o mundo, atrás do câncer de mama e de pulmão. Há cerca de 1,9 milhão de novos casos de câncer colorretal em todo o mundo a cada ano, e 935 mil mortes. No Brasil, para chamar a atenção da população sobre a importância de se prevenir da doença, foi criada a campanha Setembro Verde para a divulgação de informações sobre o tema.
Segundo o médico endoscopista Vitor Arantes, especialista em endoscopia digestiva e cirurgia endoscópica, professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais e coordenador do Setor de Endoscopia do Hospital Mater Dei Contorno, a indicação para iniciar exames preventivos para o câncer do intestino classicamente ocorria a partir dos 50 anos. No entanto, recentemente, a Sociedade Americana do Câncer publicou novas diretrizes a partir de estudos epidemiológicos recomendando a redução da idade de início dos exames para 45 anos.
“Os estudos indicam que na população acima de 50 anos suscetível aos exames preventivos a incidência do câncer colorretal diminuiu. Paradoxalmente, a incidência da doença aumentou em pessoas com idade entre 45 e 50 anos, e que não eram até então submetidas a procedimentos preventivos. Esse cenário fez com que a Sociedade Americana de Câncer passasse a recomendar o exame a partir dos 45 anos. Ele permite que um câncer em fase inicial ou pólipos no intestino grosso (que são considerados agentes precursores do câncer) sejam identificados. No caso dos pólipos, estes podem ser removidos, por meio da polipectomia, promovendo a real prevenção à doença”, diz o médico.
Conforme Arantes, a colonoscopia é o exame ideal e mais completo, porém menos disponível na rede pública de saúde, por ter custo elevado e caráter invasivo. “Há algumas situações em que a colonoscopia é a primeira opção de exame: se o paciente tem histórico familiar de câncer de intestino, queixas de sangramento anal, alteração do hábito intestinal, emagrecimento, anemia e dor abdominal não esclarecida. Outra modalidade de exame preventivo, bastante útil a nível populacional é a pesquisa de sangue oculto nas fezes, indicado para rastreamento em pessoas que não têm qualquer tipo de sintomas. Este é um exame mais disponível, de baixo custo e pode abranger um número maior de pessoas, numa população enorme como a brasileira”, esclarece. Quando o resultado do exame é positivo está indicada a colonoscopia para esclarecimento diagnóstico.
A doença e a prevenção – Os cânceres de cólon e reto apresentam origem e desenvolvimento bem definidos. Habitualmente, eles se iniciam por meio de lesões, localizadas na superfície interna do intestino, chamadas de pólipos. Essas lesões apresentam potencial de transformação maligna, mas podem ser diagnosticadas e tratadas em fase precoce, impedindo sua evolução para o câncer.
O risco de desenvolvimento de pólipos intestinais aumenta com a idade. Em uma população de pessoas acima de 50 anos, presume-se que a chance de encontrarmos um pólipo é de 25% a 40%; de 7% a 10% de ser detectado um pólipo acima de 1 cm e de 0,5% a 2% de haver um carcinoma invasivo.
Os pacientes com diagnóstico de câncer colorretal apresentam, em sua maioria, pelo menos um dos seguintes sintomas: sangramentos intestinais, alteração do hábito intestinal, dor abdominal, perda de peso, redução do apetite, fraqueza e obstrução intestinal. No entanto, os sangramentos intestinais não são sintomas exclusivos dos tumores gastrointestinais. Podem ocorrer em afecções benignas e comuns, como nas doenças hemorroidárias e fissuras anais. Sua ocorrência frequente nestas condições benignas torna a sua presença um sintoma comumente negligenciado pelos pacientes.
“A orientação atual é de que a partir dos 45 anos a pessoa possa procurar um médico com proficiência e capacitação no método, e serviços que oferecem o exame de colonoscopia com tecnologia e segurança. Na Rede Mater Dei de Saúde contamos com médicos especializados pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, e toda a estrutura adequada para a realização dos exames e tratamentos que porventura se façam necessários”, acrescenta o endoscopista.
Somos uma rede de saúde completa, com 42 anos de vida, tendo o paciente no centro de tudo e ancorada em três princípios: inteligência e humanização como pilares do atendimento; tecnologia como apoio da excelência; e solidez das governanças clínica e corporativa.
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Fonte: Jornal Contábil
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