O sonho da tocantinense Maria Edivângela é levar a carne de jaca do Brasil para o mundo. O biólogo Antônio Carlos Souza transformou sua pesquisa de doutorado em um negócio promissor, com foco na piscicultura. E a empresa de Cíntia Pacheco está testando um aplicativo para ajudar apicultores a melhorarem seus resultados. Acelerados pelo programa Inova Amazônia, esses negócios estão entre os expositores do Startup Summit, evento que termina hoje, em Florianópolis (SC).

A empreendedora Cíntia Pacheco, da startup Geo Bee, desenvolveu um app de geolocalização para colmeias de abelhas. Foto: ASN.

Já pensou em um aplicativo que desenvolve geolocalização para colmeias de abelhas e colabora na redução da perda dos enxames? A startup Geo Bee, liderada pela empreendedora Cíntia Pacheco, sim. O app, em fase de testes, tem ainda funcionalidades como alerta de início das floradas e de mudanças climáticas.

“Além de auxiliar os apicultores na definição do melhor local para instalação dos apiários, nós também pretendemos fazer a conexão com produtores rurais para ampliar a polinização em áreas agrícolas. Evitando a perda das abelhas, há maior polinização na agricultura e na floresta. Com o uso dessa tecnologia, conseguimos aumentar a lucratividade dos produtores e contribuir para a sustentabilidade dos negócios e do ambiente”, explica Cíntia.

A primeira indústria de carne de jaca da Amazônia Legal é da empresária Maria Edivângela, de Tocantins. Foto: ASN.

Maria Edivângela se orgulha de estar estruturando a primeira indústria de carne de jaca da Amazônia Legal. Localizada em Taquaruçu, distrito turístico de Palmas/TO, a Carne de Jaca Brasil foi fundada em dezembro de 2020 e, segundo Edivângela, deslanchou depois que foi acelerada pelo Inova Amazônia.

“Nosso produto é vegano, orgânico e versátil, pode ser utilizado em diversos pratos. Mas eu não sabia como desenvolver a ideia do negócio e posicionar este produto no mercado. Eu costumo dizer que o Inova Amazônia foi o ‘marco zero’ da minha empresa. Saímos do fundo do quintal, investimos na instalação de uma pequena indústria e no desenvolvimento do produto, das embalagens”, afirmou Edivângela que, no começo, fazia todo o processo manualmente. Hoje, a empresa beneficia cerca de 500 quilos de jaca por mês durante a época da fruta. Ela compra de pequenos produtores, beneficia e vende pra pequenas fábricas de produção de salgados, além de restaurantes, lanchonetes e mercadinhos.

O biólogo Antônio Carlos Freitas Souza está à frente da agrotech Bactolac. Foto: ASN.

A Bactolac é uma agrotech que desenvolve tecnologias para a cadeia produtiva do pescado. O biólogo e CEO da startup, Antônio Carlos Freitas Souza, decidiu levar para o mercado o resultado de sua pesquisa para o doutorado em Ciência Animal. “Desenvolvemos um probiótico, um aditivo alimentar para melhorar a taxa de conversão alimentar dos peixes. Até 80% do custo operacional da piscicultura é com ração e nós buscamos solucionar essa grande dor dos produtores. Nosso produto reduz a quantidade da ração em até 30% e aumenta a lucratividade”, explica.

O empreender conta que, durante o processo de aceleração do Inova, a startup fez conexão com o mercado, validou o MVP (produto mínimo viável) e, ao final, realizou a primeira venda.

Pra gente, foi um processo muito importante, fundamental para iniciarmos nosso negócio de maneira estruturada e organizada.

Pessoas interessadas em desenvolver ideias de negócio inovadoras na Amazônia Legal e vivenciar experiências como as de Maria, Cíntia e Antônio Carlos têm até o dia 3 de setembro para se inscrever ao novo ciclo do Inova Amazônia.

Inova Amazônia

Estratégia focada em fomentar, apoiar e desenvolver pequenos negócios, startups, empreendimentos e ideias inovadoras alinhadas à bioeconomia, que tenham como premissa a atuação direta ou indireta para preservação ou uso sustentável dos recursos da biodiversidade do bioma Amazônia. A iniciativa tem como objetivo gerar novos negócios, agregar valor às empresas existentes e fortalecer o ecossistema de bioeconomia amazônico, por meio da inovação, da sustentabilidade e da conexão entre empreendedores da região e empreendedores de outras localidades.

Criado em 2021, na sua primeira edição, o Inova Amazônia contou com mais de 800 inscrições de diversos estados brasileiros – desse montante, 400 ideias foram selecionadas para a primeira fase e 230 negócios continuaram na segunda fase. A primeira edição do programa foi encerrada ao final de 2022.

Mais informações e inscrições: https://www.sebrae.com.br/inovaamazonia.

Fonte: SEBRAE
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