Ajudar a administrar as finanças da indústria de conteúdos eróticos é um ramo em potencial para a contabilidade, diz presidente do CRC-ES
Métricas de lucratividade, planejamento tributário, operações de folha de pagamento. Esses são termos bastante comuns em empresas tradicionais. Nos últimos anos, porém, eles começaram a fazer parte de um setor envolto por tabus, mas que lucra cifras bilionárias: o do conteúdo erótico.
De acordo com um artigo publicado pelo professor universitário e PhD em Finanças Ademir Júnior, uma pesquisa aponta que a “indústria do prazer” movimenta R$ 100 bilhões por ano no mundo.
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A quantia supera valores operados por marcas como National Basketball Association (NBA), National Football League (NFL) e Netflix, conhecidas pelos altos rendimentos e importância financeira.
A presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-ES), Carla Tasso, explica que a indústria de conteúdos eróticos é um ramo em potencial para os profissionais da contabilidade
“É um mercado amplo, que fatura muito. Vai desde a área comercial, como, por exemplo, os sexshops, até o mercado digital, com plataformas como o OnlyFans e as modelos de streaming”, diz. Segundo a contadora, embora seja um mercado discriminado por ser muito vinculado à nudez, o setor não se resume mais apenas à pornografia explícita.
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Carla Tasso explica que esse negócio é como outro qualquer, que precisa de consultoria, planejamento estratégico, financeiro.
“É necessário analisar os tipos de serviços e os tipos de itens que envolvem essa prestação de serviço. Devido ao paradigma, o tabu e o conservadorismo. Hoje temos pouquíssimos profissionais nessa área”.
A presidente do CRC-ES ainda ressalta que é necessário inserir esse ramo na contabilidade, mesmo sendo uma profissão que é extremamente conservadora.
“Imagine um contador, no mercado há 30 anos, que vê no registro do cliente: ”profissional do sexo”. A primeira impressão é “não”, então é necessário quebrar tabu e focar no empreendedorismo contábil renovado, além de falar como a gente contabiliza, quais são os tipos de receitas envolvidas e como esse mercado é atrativo e lucrativo para ambos os lados”, destacou Carla Tasso.
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Ademir Júnior, contador, professor universitário e PhD em Finanças, atende ao mercado de conteúdo erótico e ressalta que, além do conservadorismo, a falta de informação também afeta a presença desses profissionais na área.
O contador possui clientes em oito estados, dentre eles Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso do Sul. A maioria é composta por mulheres, que faturam no mínimo R$ 50 mil por mês. “Menos de 1% do público do setor é masculino, é preciso superar tabus ao olhar o mercado do prazer”, finaliza Ademir Júnior.
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Fonte: Jornal Contábil
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