A decisão do COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central – em reduzir a Selic para 6% ao ano, traz a menor porcentagem histórica da taxa básica de juros (a maior foi 45%, em 1999). É ela quem influencia não só os juros de investimentos, mas também as taxas praticadas pelos bancos nas operações de crédito.
Para entender melhor este cenário, o professor e educador financeiro, Carlos Afonso, explica que a redução da taxa diminui os juros de empréstimos e financiamentos, fazendo a roda da economia girar mais rápida. “Embora a baixa da Selic seja interessante para a captação de recursos, quando olhamos sob o prisma dos investimentos, a remuneração acaba sendo menor”, aponta ele, que também é autor do livro ‘Organize suas finanças e saia do vermelho’.
A redução da taxa Selic encolherá ainda mais o ganho da maioria das aplicações de renda fixa e reforçará escolhas de maior risco, seja na bolsa, no mercado imobiliário ou aplicações de renda fixa. “Existem diversas aplicações financeiras que contam com a garantia do FGC – Fundo Garantidor de Crédito – que remuneram além da taxa de juros do mercado financeiro, ou seja, vão além da taxa do CDI”, destaca o Professor Carlos. “Também estão disponíveis boas aplicações voltadas às pessoas físicas, isentas de imposto de renda sobre os rendimentos, tais como as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) e LCIs (Letras de Crédito Imobiliário). Em ambos os casos, essas aplicações são garantidas pelo FGC em até R$ 250 mil por CPF”.
O Professor Carlos Afonso ainda afirma que é necessário baratear investimentos conservadores o máximo possível, buscando fundos com menores taxas de administração. “Hoje, mais do que nunca, é preciso procurar outras opções, além daquelas que os bancos tradicionais oferecem. As fintechs têm mostrado força e credibilidade, por isso, vale a pena pesquisar corretoras e sociedades de investimentos para encontrar produtos bem interessantes”, recomenda.
Sem desculpas para não investir
Como rentabilizar investimentos em um período de Selic baixa?
- Reduza os custos – Evite altas taxas de administração em fundos de renda fixa e DI. Altas taxas de administração acabam por corroer a rentabilidade do produto. No Tesouro Direto não pague para a corretora. Atualmente, existe uma lista de instituições que não cobram pelo investimento em títulos. Vale a pesquisa.
- Fuja do imposto – Investimentos isentos de Imposto de Renda, como LCIs tendem a despertar o maior interesse de investidores. Por isso, é oportuno ficar o maior tempo possível em investimentos de renda fixa para pagar menos imposto.
- Prolongue o investimento – Quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, maior o retorno. Além disso, títulos com vencimentos maiores costumam oferecer taxas melhores, dada a incerteza de qual será o valor da Selic no futuro, bem como o cenário econômico.
Sobre o Livro Organize suas finanças e saia do vermelho
De leitura fácil e rápida compreensão, o livro ‘Organize suas finanças e saia do vermelho’ foi lançado em agosto de 2017, pelo especialista em finanças, Professor Carlos Afonso, que é administrador, contabilista e sócio-diretor do Grupo MCR.
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Fonte: Jornal Contábil
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