O trabalho da greentech MABE Bio, de São Paulo, parece ter saído de um enredo distante e até mesmo futurista: a startup produz materiais, como couro e plástico, a partir de plantas nativas do ecossistema nacional. O biocouro, similar ao couro bovino, foi desenvolvido a partir do angico, espécie de árvore utilizada em projetos de reflorestamento de matas ciliares e encontrada em diferentes biomas brasileiros, como Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado.
A startup foi fundada em 2022 por Marina Belintani, que atua como CTO e é designer de moda e pesquisadora, e por Rachel Albuquerque Maranhão, CEO da empresa. Em 2024, a MABE Bio participou do Catalisa ICT, programa do Sebrae que tem como objetivo transformar pesquisas com potencial de inovação em soluções de impacto para a sociedade. Para a CEO, a experiência foi transformadora.
O programa oferece uma jornada estruturada para pesquisadores que querem levar suas pesquisas para o mercado, e foi exatamente isso que vivemos na MABE Bio. Através de mentorias, capacitações e eventos de conexão, pudemos aprimorar nossa visão empreendedora e evoluir nosso negócio.
Rachel Maranhão, CEO da MABE Bio.
Segundo ela, o suporte técnico e financeiro do Sebrae foi essencial para viabilizar o desenvolvimento da startup, assim como a troca de experiências com outros pesquisadores e empreendedores.

A MABE
Produto inovador da MABE Bio, o Biotecido Angico passa por beneficiamentos para aprimorar suas propriedades, mas com alguns processos distintos do couro animal, como o curtimento. O artigo ainda está em fase de pesquisa e desenvolvimento, com a realização de testes com indústrias de diferentes segmentos.
Inicialmente, o negócio é B2B – business to business, ou seja, de empresa para empresa –, com foco principalmente em moda, mas a expectativa é chegar ao mercado automotivo, de aviação e estofamentos.
Até 9 de março
O Catalisa ICT está com inscrições abertas para seu novo ciclo. Os interessados podem se inscrever até 9 de março. O edital é voltado para mestres e doutores, com pesquisas concluídas ou em andamento, e que participem desde o primeiro ciclo do programa. Serão selecionadas cerca de 2 mil pesquisas com potencial de inovação, terão apoio até 300 planos de inovação e até 150 deeptechs serão atendidas.
O programa é promovido pelo Sebrae em parceria com diversas entidades do ecossistema nacional de inovação com o objetivo de acelerar negócios inovadores de base tecnológica, além de promover a aproximação entre universidades e mercado.
Fonte: SEBRAE
Contabilidade em São Bernardo do Campo. Abertura de empresa é com a Contabilidade Dinelly. Clique aqui