Passados dois anos do acidente ocorrido no Lago de Furnas (MG), o turismo já retomou à região, trazendo novas expectativas de desenvolvimento para os pequenos negócios ali instalados. Depois de fechar 2023 com um fluxo turístico próximo a 90%, a expectativa dos municípios da região é passar de 150 mil visitantes, no ano passado, para 170 mil, em 2024. O trabalho do Sebrae, juntamente com as lideranças locais, teve um papel decisivo no processo recuperação do território.
Foi na Agência de Desenvolvimento Regional Conexão Sudoeste, uma iniciativa do Sebrae em parceria com as lideranças da região, que foram estruturados os caminhos para garantir que o acidente com o deslocamento das rochas dos cânions do lago será para sempre uma triste fatalidade do passado. De imediato, sob consultoria do Sebrae, foi estabelecido para o território um protocolo de segurança que tem sido seguido à risca pelos empreendedores ligados ao turismo no lago.
Hoje, ao frequentar a região, o turista vai encontrar uma gestão precisa do fluxo de embarcações. Por exemplo, em caso de chuvas, as entradas nas áreas dos cânions são totalmente interditadas. Isso acontece mesmo com o trabalho feito por geólogos que diariamente vistoriam essas formações rochosas, registrando suas condições estruturais. Mesmo nos dias ensolarados, as embarcações não podem percorrer os cânions com som ligado, não podem parar e devem respeitar a entrada nas “falésias” de apenas um barco por vez.
Ao longo dessa quarta-feira (24) os cerca de 100 representantes do Sebrae e lideranças reunidos no 2º Encontro Nacional dos Territórios Empreendedores, que acontece nas regiões centro-oeste e sudoeste de Minas, puderam verificar de perto todas essas iniciativas promovidas pela equipe local do Sebrae em conjunto com os líderes do Território Empresarial Conexão Sudoeste Mineiro, programa em processo de instalação na região.
Durante encontro realizado em Capitólio, a microempresária Andréia Rodrigues foi uma das lideranças da região de Furnas a atestarem a retomada do fluxo de turismo para a região. “Pequenos negócios que após a crise tiveram que repensar suas atividades, seus investimentos, estão retornando aos seus negócios, apoiados não apenas pelo retorno do fluxo do turismo, mas pela melhoria da qualidade deste turista”, afirma a empreendedora.
A empresária entende a mudança do perfil dos visitantes à região como uma melhoria da qualidade do turismo. Se antes do acidente, o fluxo no território se dava de forma concentrada nos finais de semana, agora, certos da garantia do local, famílias têm vindo passar suas férias, feriados e em busca de novas opções de lazer, como a área rural e suas belas fazendas, trilhas em áreas verdes etc. O grande tráfego e engarrafamentos de ônibus já não é mais uma realidade, pois a entrada desses veículos tem sido controlada, com obrigatoriedade de obtenção de autorização pelos municípios, comprovação de reservas nos hotéis ou em restaurantes locais.
Fonte: SEBRAE
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