Testes do Real Digital entram em nova fase e simulam aplicação em títulos públicos federais

Uma das funcionalidades que o Real Digital vai possibilitar aos cidadãos é a compra e venda de títulos públicos, operação que o Banco Central incluiu na fase de testes anunciada em 06/03. Para a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), essa possibilidade vai democratizar o acesso da população às aplicações financeiras.

“A democratização do acesso a mercados sempre foi um valor do Tesouro Nacional e temos expectativa bastante positiva em relação ao projeto, a novas tecnologias e a estruturas mais eficientes e baratas de negociação. A possibilidade de expandir (aplicações tokenizadas) para outros títulos e ter um título público federal na etapa de testes (do Real Digital) foi motivo de satisfação”, disse Luis Felipe Vital Nunes Pereira, Coordenador-Geral de Operações da Dívida Pública da STN.

Pereira esteve na coletiva de lançamento do projeto-piloto do Real Digital juntamente com Fabio Araújo, coordenador da iniciativa do Real Digital do Banco Central. Também participaram Haroldo Jayme Cruz, chefe do Departamento de Informática do Banco Central, e Marcus Antônio Sucupira, chefe-adjunto do Departamento de Operações do Mercado Aberto do Banco Central.

Projeto-piloto

O projeto-piloto do BC para o Real Digital consiste em realizar transações com a moeda virtual entre usuários finais e instituições financeiras autorizadas pelo BC, explica Araújo.

Nessa fase, serão testadas a eficácia e segurança das operações de depósitos tokenizados (representações digitais de depósitos mantidos por instituições financeiras ou de pagamentos) em uma plataforma DLT multiativa, uma espécie de sistema blockchain de alta capacidade.

O ambiente DLT vai possibilitar o registro de ativos de diversas naturezas e poderá integrar novas tecnologias, como as de registro de contratos inteligentes e dinheiro programável, ainda segundo o coordenador.

Pix

A tecnologia também vai possibilitar a transferência de depósitos de forma tão rápida quanto um Pix, acrescenta Araújo. “Todas as transações, dentro da tecnologia proposta (blockchain), ocorrem simultaneamente, no sentido de ou todas ocorrem ou nenhuma. Você não tem o risco de uma parte da transação ocorrer e outra não.”

Ou seja, para uma transação em ambiente blockchain ser registrada, todos os cadastros de compra e venda têm que combinar especificamente entre si.

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Fonte: Portal Contnews
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