Com o estabelecimento do home office e do modelo híbrido, as modalidades empregatícias menos tradicionais têm crescido nos últimos anos. No Brasil, mais da metade dos empregos formais devem ser substituídos por máquinas até 2026, segundo a Universidade de Brasília; ao mesmo tempo, até 2030, o Fórum Econômico Mundial projeta que 133 milhões de novas funções serão geradas no mundo todo.
Esses novos formatos de negócio são chamados de Trabalho 4.0. O termo é derivado da Indústria 4.0, que ganhou força após a pandemia de Covid-19, período em que o distanciamento social obrigou as pessoas a se conectarem ainda mais de forma remota e abraçarem novas ferramentas tecnológicas. Com isso, o ambiente corporativo passou a se tornar mais automatizado, com menos tarefas manuais atribuídas aos profissionais e incorporando dinâmicas digitalizadas, que visam encontrar soluções para as dores das empresas e dos colaboradores.
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Como o Trabalho 4.0 acontece na prática
Apesar da digitalização de processos ser intrínseca ao Trabalho 4.0, não necessariamente as funções presentes nele são 100% remotas. Um exemplo disso e de como esse modelo de negócios funciona na prática é o staff on demand, no qual os contratos são feitos apenas para projetos específicos, sem vínculos permanentes.
O setor deve movimentar cerca de US$1,1 bilhão até 2032, como projeta a Future Market Insights. Segundo Thales Zanussi, fundador e CEO do Mission Brasil, plataforma mais completa do segmento no País, esse formato está chamando a atenção por permitir às famílias complementarem suas rendas, mas de uma forma que consigam organizar as demandas nas suas rotinas diárias.
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“A oferta de serviços não é comprometida por fatores como tempo e o local, portanto os trabalhadores podem equilibrar as suas vidas pessoais e profissionais, acessar mais oportunidades e desafogarem as contas do mês com tranquilidade”, diz o executivo. “Além disso, as empresas também reduzem custos relacionados aos processos de contratação e tendem a ter um aumento na produtividade dos times.
No Mission Brasil, essa modalidade é colocada em prática através da plataforma da startup, que conecta companhias de diferentes segmentos a profissionais especializados por todo o território brasileiro.
Desafios do trabalho 4.0
Apesar dos benefícios, o Trabalho 4.0 também carrega desafios. Alguns deles são:
- a desmistificação de que esse mercado é “informal”;
- a adaptação de grandes corporações mais tradicionais às novas modalidades empregatícias, que exige não só uma mudança de estrutura, mas também de mentalidade dos gestores;
- o engajamento de colaboradores à distância e a comunicação entre os times e as lideranças.
Zanussi explica que é natural que essas questões deixem algumas marcas reticentes com a nova era do mercado profissional; esse contexto de divisão pode ser observado em uma pesquisa da Owl Labs e da Global Workplace Analytics, que revela que, mesmo com 62% dos trabalhadores dizendo que são mais produtivos em funções remotas, outros 49% ainda acreditam que os gerentes enxergam aqueles que comparecem presencialmente aos escritórios como “mais esforçados e confiáveis”.
“Especialmente tratando-se de um País com um histórico corporativo conservador como o Brasil, cada caso é um caso quando estamos falando da adequação ao Trabalho 4.0. Porém, cedo ou tarde, as companhias e as pessoas que ainda não olham para esses modelos verão que a transformação na estrutura mercadológica é o caminho para a inovação e um dia a dia profissional mais saudável e eficiente”, finaliza.
A startup Mission Brasil é a plataforma mais completa de digital outsourcing (B2B) e renda extra (B2C) Brasil.
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Fonte: Jornal Contábil
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