Se depender do desejo dos trabalhadores, o trabalho híbrido será cada vez mais implementado nas empresas. Segundo estudo realizado pelo Vagas.com, 41,14% dos profissionais que procuram emprego priorizam oportunidades em empresas que atuam sob este modelo.
Com o objetivo de analisar as principais tendências do mercado de trabalho para 2023, a pesquisa apontou que o home office está em baixa. Só 24,26% dos respondentes preferem o formato, enquanto 34,6% anseiam pelo modelo presencial.
O relacionamento presencial com colegas se tornou prioridade
Durante os piores dias da pandemia de Covid-19, os profissionais precisaram se adaptar à distância dos colegas de trabalho – e isso impactou o relacionamento entre colaboradores, pois o distanciamento mudou toda a dinâmica destas relações.
Não à toa, o principal motivo para preferirem o formato híbrido é construir um relacionamento presencial com outros colaboradores. Segundo o estudo, esta é a preocupação de 30,99% dos profissionais.
Outro fator importante é a flexibilidade oferecida pelo modelo, que permite maior equilíbrio com as outras atividades cotidianas. Este benefício foi apontado por 16,85% dos trabalhadores entrevistados.
Para completar, 13,99% dos profissionais veem o trabalho híbrido com bons olhos pelo modelo eliminar a necessidade de se dirigir ao escritório diariamente. Afinal, o tempo de deslocamento pode ser usado para outras tarefas e, de quebra, oferece maior qualidade de vida.
Profissionais querem passar menos tempo fora do escritório
Não existe uma padronização de idas ao escritório no modelo híbrido – cada empresa escolhe o número que fizer sentido para o seu fluxo de trabalho. No entanto, a pesquisa constatou que a vontade dos profissionais é que elas tenham maior constância.
Trabalhar presencialmente três vezes por semana é a vontade de 40,89% dos respondentes. No entanto, mais do que isso é uma possibilidade atrativa para somente 14,04% dos respondentes.
Fazer dois expedientes presencialmente é desejado por 33,4% dos trabalhadores entrevistados. Já ir uma vez por semana só seduz 5,66% dos profissionais.
E o home office, como fica?
Apesar de ser o modelo de trabalho menos desejado pelos profissionais visando oportunidades em 2023, o regime home office se manterá firme e forte no mercado. Afinal, existem empresas que o enxergam como mais vantajoso – e, é claro, funcionários também.
No que diz respeito à preferência pelo trabalho remoto, o que mais empolga os profissionais é a possibilidade de trabalhar para empresas de qualquer localidade. Seja no Brasil ou até em outros países, 27,55% dos respondentes dizem optar pelo modelo por isso.
Além disso, 13,99% dos trabalhadores remotos valorizam o fato de não precisar se locomover até o escritório. Para 23,52% deles, trabalhar em casa é benéfico por permitir que dediquem mais tempo à família e outras atividades. Já 10,39% possuem esta preferência por que ela oferece flexibilidade e facilita a conciliação com atividades domésticas.
Apesar dos piores dias da pandemia terem passado, a doença ainda circula no país. Para 9,67% dos trabalhadores priorizam o home office para se protegerem da Covid-19. Outro ponto relativo à qualidade de vida apontado pelos trabalhadores remotos é ter maior foco e concentração nas tarefas, ponto citado por 9,67% dos respondentes.
Como a empresa deve escolher o modelo de trabalho ideal?
Além de oferecer a visão de profissionais, empregados e desempregados, o estudo analisou as medidas necessárias para as empresas escolherem o modelo de trabalho correto – e o que fazer para o usarem de maneira eficiente.
Este processo exige um espaço no qual os colaboradores tenham conforto e equipamentos adequados para o trabalho. Desta forma, o gestor precisa estimular a criatividade e a concentração. Ao mesmo tempo, é crucial reduzir o cansaço e o estresse do trabalhador.
Por isso, avaliar o modelo de trabalho da empresa é visto como central. Deve-se avaliar o que demanda espaço físico e o que pode ser substituído por interações à distância. Além disso, o estudo aponta a importância de determinar orçamento e custos, além de mapear o potencial de crescimento da empresa. E, é claro, ouvir os colaboradores – afinal, a opinião deles é importante.
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Fonte: Jornal Contábil
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