A variante delta está crescendo no Brasil e, por esse motivo, a vacinação contra covid-19 precisa continuar. A afirmação é da Profª Dra. Soraya Smaili, farmacologista da Escola Paulista de Medicina, que foi Reitora da Unifesp no período 2013-2021 e é coordenadora do Centro de Saúde Global (CSG) da universidade e do Centro SOU Ciência, lançado em julho.
Na última semana de agosto, o Ministério da Saúde registrou um aumento de 86% em relação à semana anterior, totalizando 2.613 casos confirmados. Portanto, os números mostram que a variante segue crescendo no país.
“Dados preliminares já mostram que a vacinação pode diminuir fortemente os casos graves e os óbitos em pacientes com covid-19. Por isso devemos seguir e acelerar o esquema de segunda dose, se possível até antecipar a mesma, para que mais pessoas possam receber o quanto antes o esquema completo”, afirma Soraya.
“Além disso, a terceira dose, especialmente para as faixas etárias mais elevadas, é medida importante de prevenção e pode ser conduzida junto com a aceleração da segunda dose. Portanto, vamos continuar conversando com as pessoas para não deixarem de se vacinar e para tomarem a segunda dose de acordo com o esquema da sua cidade”, diz também.
Máscaras são a única maneira de impedir a disseminação do vírus
Um estudo com 340 mil pessoas foi pré-publicado recentemente e ofereceu mais resultados para confirmar o que todos temos dito: as máscaras impedem a disseminação do vírus da covid-19.
O estudo demonstrou que nos grupos que foram incentivados a utilizar a máscara e que efetivamente usaram, houve uma taxa baixa de contágio pelo coronavírus ou mesmo de sintomas de covid-19. Os resultados também mostraram que máscaras de maior qualidade oferecem maior proteção.
Além disso, o estudo mostra que uma ação positiva para a utilização de máscaras aumentou em 28% o número de pessoas que passaram a utilizá-la, mostrando a importância de uma ação afirmativa e de campanhas específicas. A ciência apresenta as evidências para a tomada de decisões.
Assim, junto à imunização, o uso de máscaras é essencial no combate à pandemia. “Além de acelerarmos a vacinação, o que já mostra que o Brasil está tendo dados positivos, alcançados por conta de termos tido maior agilidade agora nas últimas semanas de vacinação, precisamos continuar e acelerar, mas também conversar com as pessoas para continuarem procurando as vacinas, especialmente para não perderem a segunda dose. Pedir que as autoridades antecipem a segunda dose, se possível”, avalia Soraya
“Além de tudo isso, não podemos deixar de usar as máscaras, pois os estudos mostram que é uma medida eficaz para evitar a transmissão, conforme apontou o estudo. Lembrando que a vacina não impede a transmissão, mas pode evitar a forma grave da doença e a morte. Por isso, a máscara é parte de nosso vestuário, não pode ser deixada de lado e deve ser usada corretamente. Todos podemos ajudar nisso, a informação é a nossa maior proteção”, afirma.
Imunização de jovens contra a covid-19 é importante para maior cobertura vacinal no Brasil
No país, foram registradas cerca de 2.400 mortes de pessoas com menos de 19 anos por covid-19, sendo 43 óbitos por milhão. Nos Estados Unidos, foram 444 mortes em pessoas com menos de 21 anos (5,8 por milhão). No Reino Unido, foram 3 mortes por milhão. Ou seja, as taxas de mortalidade do Brasil são cerca de 7 a 15 vezes maiores que as dos EUA e do Reino Unido respectivamente, segundo dados da AAP (American Academy of Pediatrics) de 02 de setembro.
“No Brasil, estão sendo vacinados os jovens entre 18 e 21 anos e algumas cidades e estados já iniciaram a vacinação nos adolescentes abaixo de 18 anos. No momento, é indicada a vacinação, pois as taxas de mortalidade entre jovens, por milhão de habitantes, é bastante alta no Brasil, comparado com o Reino Unido e Estados Unidos. Nos próximos dias, mais dados devem sair. Para os jovens com comorbidades, a vacinação é totalmente indicada”, explica Soraya.
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Fonte: Jornal Contábil
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