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O salário mínimo é um dos temas de maior destaque entre os brasileiros, afinal de contas o piso nacional é referência para milhares de trabalhadores e beneficiários do INSS. Atualmente, a base salarial fixada pelo governo, ainda em janeiro de 2022, está em R$ 1.212. 

Assim como este ano, o novo valor do salário mínimo será determinado no início de 2023. Isto ocorre, pois, segundo a Constituição Federal, anualmente o piso nacional deve ser corrigido, de modo ao menos acompanhar o índice da inflação acumulado no ano anterior. Desta maneira, em tese, é evitada a perda do poder de compra do trabalhador. 

Apesar de o reajuste ser definido apenas em 2023, já é possível acompanhar as estimativas de como estará o salário mínimo no próximo ano. Tais previsões tomam como base o avanço inflacionário medido pelo INPC (Índice Nacional de Preços do Consumidor), que atualmente é o único referencial utilizado pelo governo para correção do piso nacional. 

Previsões do salário mínimo

A princípio o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), enviado ao Congresso Nacional, ainda em abril, propõe que o salário mínimo em 2023 seja de R$ 1.294,00, com base em uma alta de 6,7% da inflação. Esta previsão representa um aumento de R$ 82,00 ao valor vigente em 2022. 

Por sua vez, em maio, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia anunciou uma nova projeção, apontando uma alta inflacionária de 8,1%. Caso essa nova estimativa se confirme, o salário mínimo de 2023 será de R$ 1.310, sendo um aumento de R$ 98,00, em relação aos atuais R$ 1.212. 

Brasileiros terão ganhos reais em 2023

De todo modo, vale ressaltar que caso qualquer uma das projeções sejam aprovadas em 2023, nenhuma delas representará um ganho real aos brasileiros. Na prática, o aumento do salário é apenas uma reposição frente às perdas da inflação.  

Em resumo, isto significa que o poder de compra do trabalhador apenas será mantido, ou seja, o reajuste não refletirá em perdas, todavia, também não haverá ganhos. Para um melhor entendimento, a capacidade de compra do consumidor somente se eleva, quando o piso nacional é reajustado acima do acúmulo da inflação atingido no anterior, algo que não ocorre desde 2019.

Fonte: Jornal Contábil
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