Na famosa lista de metas para o novo ano, sempre se encontram os objetivos financeiros, seja para viajar, comprar uma casa, trocar de carro ou até findar alguma dívida. Em 2022, infelizmente, as projeções indicam que a inflação, assim como o aumento do valor dos produtos de necessidades básicas, vão seguir a mesma rota do ano anterior, além das dificuldades de financiamento e análise de crédito para empréstimo, ainda mais diante de um cenário político incerto, que será contemplado com as eleições presidenciais em outubro.
Fora isso, a expectativa da consolidação da retomada do mercado dos mais diversos nichos, surge como ponto positivo para a geração de emprego e fomentação da economia local, aliada a grandes eventos como as possíveis voltas das festas juninas, grandes celebrações, convenções e, claro, a tão esperada Copa do Mundo, que a cada quatro anos movimenta bastante o comércio nacional.
Esperança e atenção ao mesmo tempo
2022 começou com um ponto de esperança: o reajuste do salário mínimo, que teve um aumento de R$112,00 e a partir de fevereiro será de R$1.212,00. Mas nem por isso a situação passa a ficar mais fácil. Segundo o Mapa da Inadimplência publicado pelo Serasa (Mapa de inadimplência e renegociação de dívidas no Brasil da Serasa), referente ao mês de outubro/2021, último disponível, mostra que o Brasil atingiu o maior número de inadimplentes desde julho de 2020, alcançando a marca de 63,4 milhões de brasileiros nessa situação.
Por isso, o consultor financeiro pessoal, Raphael Brocchi, e o Mestre em Ciências Contábeis, Oto Tertuliano, ambos professores do Centro Universitário de Brasília, elencaram 4 dicas práticas para gerir melhor a sua vida financeira e não cair em ciladas em 2022.
Controle o orçamento
Infelizmente é extremamente comum encontrarmos pessoas que não sabem como andam as próprias contas. Ou pior, preferem não olhar o saldo para não se desesperarem. “Mas o que precisamos fazer é justamente o contrário”, explica o consultor financeiro Raphael. Um dos grandes dilemas da organização financeira é equalizar demanda de desejo e necessidade.
O professor Oto explica que há várias formas de dar vida a este planejamento, “[O planejamento] pode ser feito através de um gerenciador financeiro online, por meio de uma tabela de dados no computador, mas nada como o bom e velho lápis e papel”. É preciso começar separando as contas fixas, como o aluguel, o financiamento da casa, a água, a luz, gás, supermercado, faculdade. Depois as contas variáveis que são de acordo com o consumo, como o combustível, por exemplo.
Raphael também explica que ao final de um mês você pode somar as despesas, classificando-as, e verificando como andam suas contas. “Para o segundo mês, implemente metas para cada tipo de gasto, de forma que não ultrapassem sua entrada de recursos já descontado as parcelas de empréstimos. Lembre-se de sempre acompanhar os valores gastos para não ultrapassar as metas estipuladas”, orienta.
Gaste menos do que ganha
O consultor financeiro esclarece que não existe fórmula mágica. “Infelizmente, se você gastar mais do que ganha, verá sua riqueza diminuir nos próximos anos e, muito provavelmente, de forma rápida. Desta forma, devemos sempre deixar uma folga nas contas do mês, gastando menos do que entra de recursos. A sobra deve ser poupada para uma emergência, realização de um gasto maior no futuro ou reduzir o nível de endividamento. Lembre-se, para que isso dê certo, existem apenas duas formas: ganhe mais dinheiro ou gaste menos”.
Pense bem antes de comprar
A regra é clara: nunca compre por impulso. O consultor financeiro explica que existe uma regra simples que pode ajudar muito, “caso uma compra não seja urgente, sempre deixe para comprar depois. Se você está em um site da internet, coloque no carrinho e deixe para comprar no dia seguinte. Caso esteja em uma loja física, anote o preço e volte depois de, pelo menos, uma voltinha para pensar se aquele gasto realmente é necessário. Outra possibilidade é fazer uma lista do que deve ser comprado antes de sair de casa. Caso precise de roupas, já saia de casa com um valor máximo de gastos e liste quantas peças precisa”, finaliza.
Um outro ponto muito interessante dentro da perspectiva do planejamento financeiro, é ser honesto consigo mesmo. “Entender como são as suas decisões de consumo, se é por impulso, se é racional, se é comum se planejar… isso vai ajudar também com que não caia em armadilhas do mercado”, explica o professor Oto.
Segundo Oto, no geral existem dois perfis, o indivíduo gastador ou o indivíduo poupador. Quando você conhece o seu perfil financeiro e já tem consciência dos seus recursos, se torna mais fácil conseguir traçar um plano para poupar dinheiro.
Peça ajuda
Por fim, é comum ter dificuldade em compreender o mundo financeiro, como taxas de juros, empréstimos e cartões, ou mesmo conseguir controlar os próprios gastos. “Caso já tenha tentado e não tenha tido sucesso, peça ajuda. Procure alguém capacitado para analisar sua situação e lhe mostrar o caminho de volta para o equilíbrio financeiro. É muito importante, também, a ajuda da família nesse processo de mudança”, essa é a dica final do especialista. Tente implementá-las e comece uma nova página na sua vida financeira.
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Fonte: Jornal Contábil
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