Ser uma empresa competitiva representa, sem dúvidas, um dos maiores objetivos de uma organização, independentemente do segmento no qual ela está inserida. Isso porque, dentro de um cenário de enorme dinamicidade do mercado, em que tudo se transforma rapidamente, diferenciais competitivos são requisitos para a sobrevivência dos negócios.
Nesse contexto, ganharam muita força as práticas que envolvem conceitos de transformação digital e digitalização de serviços, os quais estão interligados entre si e cada vez mais familiares às companhias dos mais diversos segmentos. E isso vale, naturalmente, para o setor jurídico.
Atualmente, são poucas as empresas que conseguem se manter financeiramente sem uma mínima presença de recursos digitais, que gradativamente se torna a preferência por parte dos clientes, constantemente em busca de conveniência, praticidade e facilidade no momento de realizar a compra de um produto ou serviço. E isso claramente está ligado à ideia de competitividade: é preciso se adaptar para ser competitivo, mesmo que, nesse caso, adaptação e transformação sejam palavras e ideias quase sinônimas.
Entender, adaptar e transformar
Quando falamos sobre competitividade, é preciso, antes de qualquer outra coisa, entender qual o estado atual da empresa em questão. Ou seja, antes de refletir e aplicar práticas relacionadas à inovação e transformação digital — principalmente no segmento jurídico –, é essencial se adaptar para que isso aconteça da maneira adequada. Redobrar as atenções com a gestão empresarial e de equipes, por exemplo, é primordial para que um escritório possa se diferenciar da concorrência.
A realização de um diagnóstico, o entendimento de quais são suas deficiências internas e externas, as oportunidades de melhoria e desafios a serem enfrentados possibilitam a elaboração de um plano estratégico, de maneira que se possa chegar a soluções para os problemas existentes na realidade da empresa jurídica.
A partir disso, a criação de um plano de ações direcionado — que pode incluir reestruturação de equipes, implantação de novos processos, redução de custos, novos investimentos — deve servir como um alicerce para que o escritório possa alçar novos voos e atingir resultados mais expressivos. Se pensarmos em um (re)posicionamento de mercado, é interessante levar em consideração os investimentos em marketing, buscando um fortalecimento da marca em meios cada vez mais competitivos.
Obviamente, tais circunstâncias são diferentes, a depender do tipo de empresa, seu setor de atuação, seu porte, entre outras questões. Contudo, em geral, as etapas citadas acima representam a criação de uma base para que os próximos passos possam ser dados. Toda essa construção está ligada, também, à consolidação de uma cultura organizacional, que sempre deve levar em consideração aspectos de competitividade, eficiência e produtividade e como é possível melhorá-los.
Inovar para competir
A inovação ligada ao empreendedorismo abriu novas portas em praticamente todos os segmentos da economia, de maneira que boa parte das empresas enxergaram nesse contexto vastas oportunidades para se diferenciar da concorrência. Com a criação de novas soluções, principalmente de base tecnológica, as organizações perceberam que o investimento em inovação poderia expandir — e muito — seus níveis de competitividade, em mercados cada vez mais dinâmicos e aquecidos.
Claramente, o segmento jurídico está incluso nesse contexto, mesmo que sob diferentes circunstâncias e com suas próprias peculiaridades. Justamente por se tratar de um setor ainda pouco familiarizado com práticas tecnológicas e inovadoras, as oportunidades são imensas no que tange à aplicação de soluções em busca de maior competitividade.
Ao pensarmos em competição, ligamos isso diretamente a questões de produtividade e eficiência das equipes. E os novos recursos tecnológicos aparecem, em um primeiro momento, justamente para auxiliar nesses pontos — inclusive para organizações mais tradicionais, menos inovadoras e ainda menos abertas às novas tecnologias.
Atualmente, já existem muitos serviços de digitalização de informações e automatização de processos no plano jurídico, e que, assim, livram os profissionais de tarefas burocráticas e operacionais. Dessa forma, torna-se possível que os advogados se concentrem em ações mais estratégicas e intelectualmente demandantes, tornando-os mais produtivos e protagonistas nos momentos de tomada de decisão.
Logo, se tornar uma organização mais competitiva, independentemente do segmento, é uma tarefa árdua, que requer planejamento, tempo e preparo por parte das empresas. Não se trata apenas de entender as deficiências, adaptar-se ou investir em novas ferramentas. Para finalizar, é necessário que todas as etapas sejam realizadas estrategicamente e pensadas a longo prazo, de maneira que se possa, de fato, obter destaque em mercados cada vez mais dinâmicos e em constante transformação.
Por Reinaldo Nagao é Sócio do FNCA Advogados.
Consolidado no mercado desde 2007, o FNCA — Fernando, Nagao, Cardone, Alvarez Jr. & Advogados, exerce a advocacia empresarial e se destaca pelo atendimento personalizado, de acordo com as demandas de cada cliente.
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Fonte: Jornal Contábil
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