É fato que o clima de alegria invade os lares durante as férias de verão, época que é sinônimo de boas memórias, casa cheia e visita de parentes e amigos, no entanto, alguns cuidados devem ser tomados a fim de afastar os perigos que podem causar danos irreversíveis e nem sempre estão à vista.

Nesse período, é comum que as pessoas se preocupem em manter a manutenção da casa em dia, seja renovando a pintura, trocando os pisos ou mexendo no mobiliário. Por outro lado, um ponto fundamental muitas vezes é esquecido: a instalação elétrica.

Para auxiliar você na prevenção de acidentes e na redução com os gastos de energia, o Grupo Prysmian – líder mundial em cabos de energia e telecomunicações, convidou o especialista Ivan Arca Uliana, engenheiro de aplicação do Grupopara trazer as principais dicas. Confira:

Evite utilizar adaptadores e benjamins

Ligar aparelhos eletrônicos a uma tomada distante, utilizar vários eletrodomésticos no mesmo ponto de tomada, adaptar diferentes plugues em uma entrada de energia.

Por essas e outras situações, os benjamins (também chamados de T), réguas e adaptadores podem parecer, aos olhos mais leigos, uma solução perfeita para dentro de casa. No entanto, esses equipamentos são considerados os grandes vilões da segurança elétrica no lar.

“Um dos erros mais perigosos e frequentes em casa é a utilização de adaptadores, benjamins, réguas e extensões porque essa atitude pode provocar uma sobrecarga no sistema elétrico da residência. Com isso, o mínimo que pode ocorrer é o disjuntor desarmar, o que é bom. Entretanto, se o dimensionamento da proteção não foi feito corretamente, há um grande risco de acidentes”, explica Uliana.

Além de evitar o uso destes acessórios, o profissional ressalta a importância de estar com a manutenção dos fios e disjuntores da casa ou apartamento sempre em dia para manter a proteção elétrica do lar sempre dentro das normas, como por exemplo a ABNT NBR 5410, que regula as instalações de baixa tensão.

“Seja novo ou antigo, o imóvel precisa estar sempre com a manutenção em dia e protegido, no mínimo, com disjuntores no quadro elétrico para evitar que sobrecargas danifiquem as instalações. Adicionalmente, pode-se utilizar dispositivos DPS e IDR no quadro de energia para aumentar a proteção também contra raios e choques elétricos. O excesso de carga eleva a temperatura, e sem os disjuntores adequados, a proteção do cabeamento derrete. Os fios desencapados podem se encontrar e provocar um curto-circuito, causando um pico de carga que pode provocar faíscas e iniciar um incêndio”, complementa o engenheiro da Prysmian.

Fique atento ao consumo desnecessário de energia

Com mais pessoas em casa, a tendência é que mais aparelhos eletroeletrônicos estejam ligados ao mesmo tempo, aumentando o risco de sobrecargas. Eles podem comprometer o isolamento dos cabos e causar atrito entre os condutores, causando o chamado curto-circuito. Outra consequência inevitável é uma conta de luz ‘salgada’ no fim do mês. Como reduzir esses gastos e danos?

Segundo o especialista, o primeiro passo é evitar o uso de energia desnecessário em aparelhos aparentemente ‘inofensivos’.

“Ao sair de casa, muitas vezes nos esquecemos de desligar da tomada nossa TV, relógio digital, micro-ondas etc. No entanto, esses aparelhos ficam energizados mesmo desligados, pois têm painéis iluminados e/ou são acionados por controles remotos. Isso parece não ser um grande problema, mas somados esses consumos de cada aparelho, podem oferecer risco à residência e irão impactar na conta ao final do mês”, alerta Ivan.

No dia a dia, outras medidas podem ser tomadas para amenizar o consumo.

“Lembre-se que estamos no verão, portanto, não necessitamos deixar o nosso chuveiro na posição de inverno. Isso ajudará a economizar muito. Só use sua lavadora de pratos quando ela estiver cheia, não a utilize com poucos utensílios a lavar – a mesma dica vale para a máquina de lavar roupa e o ferro de passar. Ligue somente as luzes do ambiente onde as pessoas efetivamente estão e apague as luzes dos outros cômodos”, orienta Uliana.

Por fim, o engenheiro ressalta a importância de substituir as antigas lâmpadas incandescentes ou mesmo as fluorescentes por lâmpadas LED, dada as vantagens que elas oferecem.

“As lâmpadas incandescentes podem consumir até 80% mais energia do que as de LED e ainda aumentam os riscos de sobrecargas. Além disso, esses modelos esquentam muito e podem causar incêndios se posicionadas muito próximas de materiais que podem pegar fogo”, alerta.

Como verificar se tudo está ocorrendo bem em sua residência?

Abaixo, confira uma listagem de medidas e atitudes práticas que você pode tomar para descobrir se pode estar ocorrendo algum problema elétrico em sua casa:

– Analise sempre a sua conta de luz. Se ela repentinamente subir de um mês para o outro, algo está errado. Além de um possível exagero no consumo (banhos demorados, por exemplo), uma conta mais alta a cada mês pode ser um alerta de que algum equipamento ou componente elétrico da instalação deve estar funcionando mal, ou seja, consumindo mais corrente elétrica do que devia ou está superaquecendo devido a alguma sobrecarga;

– Verifique rotineiramente as conexões elétricas – tomadas, disjuntores, soquetes das lâmpadas, etc. – se existem marcas pretas, como uma fuligem cobrindo parte desses componentes. Isso significa que está ocorrendo um aquecimento anormal nesses componentes e pode ser um indicativo de mal funcionamento;

– Os interruptores das lâmpadas devem ligar e desligar com um único toque, sem fazer barulhos nem apresentar sinais como se estivessem “faiscando”. Se isso ocorrer, deve-se substituir o interruptor imediatamente antes que haja um derretimento do componente, podendo causar um incêndio;

– Sempre conte com profissionais qualificados para realizar qualquer manutenção e fiscalizações de rotina em sua instalação elétrica.

Pioneiro e líder mundial em tecnologia e desenvolvimento de cabos e sistemas para os setores de Energia e de Telecomunicações, o Grupo Prysmian está presente em mais de 50 países de todos os continentes, com 106 unidades fabris, 25 centros de pesquisa & desenvolvimento e cerca de 29.000 funcionários.

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Fonte: Jornal Contábil
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