Muitos têm o sonho de investir nos Estados Unidos, mas acreditam que as atuais possibilidades dificultam as chances de aprovação em um pedido de visto. Especialistas em direito imigratório acreditam que a categoria E2 pode ser a chance de morar e trabalhar em solo norte americano, mesmo que, inicialmente, não seja de forma definitiva.
O Visto E2 pode ser concedido para aqueles que têm cidadania de países membros do Tratado de Navegação e Comércio com os Estados Unidos. Não é o caso do Brasil, mas alguns países da Europa, como Itália, Bélgica e França fazem parte do acordo, trazendo facilidade para brasileiros que possuem dupla cidadania em um desses lugares. Em breve, Portugal deve fazer parte da lista de países que elegíveis para essa modalidade de visto.
De acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, o processo de solicitação exige que o aplicante faça um investimento de uma quantia substancial no país americano. “O valor que eu costumo determinar como razoável para aplicação desse processo é em torno de 150 mil dólares. Mas esse investimento exige comprometimento com o empreendimento nos Estados Unidos. Ou seja, o negócio precisa estar pronto para operar com todo maquinário comprado, instalação, equipamentos, estoque, capital de giro, além de funcionários já delimitados e prontos para começar o trabalho. Esse cenário é o ideal para a aprovação imediata de um processo de E2”, revela.
O advogado alerta que o principal objetivo dos órgãos de imigração é o comprometimento financeiro desses solicitantes. “Não basta apresentar um plano de negócios afirmando que vai gastar, se o seu visto for aprovado. Isso não traz compromisso nem riscos ao empreendimento, dificultando a aprovação desta solicitação”, pontua.
Ao ser concedido, o visto E2 tem validade de cinco anos, podendo ser renovado após o período de expiração. Além disso, para manter o status da categoria ativo, o investidor precisa sair dos Estados Unidos e entrar novamente a cada dois anos, realizando uma espécie de validação.
Toledo revela que esse tipo de visto não fornece Green Card nem viabiliza a moradia permanente no país, mas aumenta as possibilidades para o futuro. “O sucesso em uma solicitação de visto E2 abre outras portas que possam, eventualmente, servir como base de um outro processo de aplicação de Green Card e cidadania americana. É um dos caminhos para aqueles que querem imigrar de vez aos EUA”, finaliza.
Por Daniel Toledo é advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC.
O escritório Toledo e Advogados Associados é especializado em direito internacional, imigração, investimentos e negócios internacionais.
Fonte: Jornal Contábil
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