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Alvo de polêmicas, a decisão de retomar o calendário escolar exige cautela, cuidados redobrados e investimento na saúde e segurança de estudantes e colaboradores, para garantir o sucesso do processo de ressocialização escolar.

No mês em que o país supera a marca de quatro milhões de casos de Covid 19 confirmados, governos e autoridades de saúde tentam chegar a um acordo sobre o processo de retomada do calendário escolar em estados e municípios brasileiros.

Em São Paulo, por exemplo, a previsão de retornar as atividades no dia 08 de setembro foi adiada depois de uma análise dos índices de Coronavírus entre alunos e professores.

Decisão que se repetiu também nos estados da Bahia, Santa Catarina e Ceará.

A medida é uma forma de evitar que se repita no Brasil os mesmos resultados de países onde as instituições de ensino foram reabertas, mas precisaram fechar as portas por causa do registro de novos casos.

Alguns chegaram a reabrir priorizando crianças menores pela baixa taxa de adoecimento.

Outros investiram em mudança de rotina e adotaram medidas como distanciamento das cadeiras, divisão de turmas por dias e horários diferenciados, redobraram práticas de higiene – como lavar as mãos, pelo menos, cinco vezes, durante o período na escola – entre outras.

“São medidas simples, mas que podem contribuir com o sucesso desta fase”, explica o médico do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica, Bruno Ganem.

Seguindo a linha estratégica de outros países, o Brasil orienta autoridades da educação para a retomada das aulas, mas com medidas que garantam bons resultados e, principalmente, após a realização de testes de covid-19 em professores, colaboradores e estudantes, para auxiliar na tomada de decisão e avaliar se é viável reabrir as portas.

Para o especialista, cada etapa deste processo deve ser feita de forma cautelosa e, principalmente, segura.

“Uma das principais preocupações de pais, professores, estudantes e autoridades é uma nova onda de infecções dentro das instituições.

Há ainda uma outra preocupação porque em muitos casos crianças e adolescentes são assintomáticos e há um risco muito grande de levarem o vírus para dentro de casa, onde pode haver pessoas mais suscetíveis ao vírus, como os idosos, por exemplo.

Por isso, todas as medidas que podem ser colocadas em prática a favor da saúde neste momento são fundamentais”, enfatiza o médico.

Volta às aulas: A importância da testagem e medidas de prevenção

A importância da testagem e medidas de prevenção

Um estudo recém publicado pela revista britânica ‘The Lancet’ sugere que só é possível assegurar um retorno às aulas com pouca possibilidade de um novo surto, após grande volume de testagem de pessoas sintomáticas (entre 59% e 87%), e destaca também o rastreamento de contatos de alunos que estiveram e isolamento.

O médico vai além e destaca ainda outras importantes iniciativas que são decisivas nesta fase.

“Observamos mudanças de hábitos sociais e, mais do que nunca, é preciso investir agora em práticas que atendam às exigências deste ‘novo normal’.

E quando falamos em instituições de ensino, onde há um público mais diverso, com necessidades tão distintas, o processo precisa ser gradativo e requer medidas importantes.

Destaco como fundamental os protocolos sanitários, que auxilia as instituições nesta reestruturação de suas atividades, respondendo de forma eficaz à essa mudança organizacional”, afirma Ganem.

“A Covid 19 provocou impactos significativos em todas organizações e temos a certeza de que nada será como antes.

É um cenário desafiador e também é o momento ímpar para que os gestores repensem seus modelos e invistam nos protocolos de saúde, para favorecer que seja uma fase amparada em segurança sanitária e confiança, dois pilares fundamentais nesta etapa”.

O médico detalha que os protocolos sanitários dispõem de três ‘engrenagens’ que funcionam em total sintonia.

“Primeiro, é preciso fazer triagem dos profissionais para entender quais são as populações das escolas e os riscos oferecidos.

Esta é uma etapa de extrema relevância para criar a engrenagem seguinte, a do monitoramento, questionar o que será monitorado para dar mais segurança aos grupos selecionados na triagem.

Por fim, os essenciais protocolos de testagem.

Esses pilares funcionando darão a sustentação necessária à segurança sanitária”, enfatiza o médico.

De acordo com o especialista, a consultoria às instituições proporciona uma fusão da segurança com a comunicação mais fluida entre as equipes, que também é essencial para reestabelecer a confiança e promover um ambiente seguro, saudável e acolhedor.

“Todas as etapas da consultoria são desenvolvidas para adequar os ambientes às novas realidades.

O Grupo Sabin, em parceria com a In Press Oficina, por exemplo, dispõe do projeto Novos Costumes, é uma consultoria especializada para a Covid 19.

Especialista vão às instituições, avaliam os espaços e rotinas, desenvolvem protocolos e monitoram os resultados.

Todo o trabalho é personalizado, de acordo com cada segmento de atuação, perfil dos colaboradores e dos clientes ou usuários”, destaca o médico.

Para conhecer mais sobre o projeto, acesse: http://novoscostumes.com.br/

Por Bruno Ganem, Médico do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica

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Fonte: Jornal Contábil
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