Desde maio deste ano, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), utiliza um sistema de inteligência artificial para analisar os pedidos de aposentadoria. Em resumo, a medida foi aplicada na intenção de reduzir a extensa fila de segurados que estavam aguardando o processo para a concessão do benefício.
A nova sistemática, de fato, chegou a contribuir com a redução da espera, visto que em agosto, a fila que tinha 1,1 milhão de pessoas no aguardo da análise, caiu para 976 mil pedidos, conforme dados do Boletim Estatístico da Previdência Social.
Contudo, apesar da referida melhora, o número de pedidos de aposentadoria que são negados pelo INSS subiu significativamente. Conforme o divulgado, a cada 200 mil benefícios requeridos, 50 mil são concedidos automaticamente. Para ter uma ideia, isto quer dizer que a cada 4 pedidos de aposentadoria 1 é negado pela inteligência artificial.
Diante das recorrentes negativas do robô do INSS, a página do Extra divulgou algumas recomendações de especialistas da área previdenciária, para segurados que estão próximos de solicitar a aposentadoria, e desejam potencializar as chances de êxito no pedido do benefício. As dicas não substituem a consulta de profissional qualificado, mas dão um bom norte para aqueles que já estão planejando se aposentar.
Exposto isto, confira uma série de recomendações que podem te auxiliar, no momento de solicitar a aposentadoria do INSS.
Esteja atento aos dados presentes no CNIS
O Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), reúne uma série de informações fundamentais à vida do segurado, enquanto contribuinte, tais como vínculos empregatícios, salários recebidos, datas de entrada e saída de um emprego, entre outros dados.
A grande questão é verificar se há alguma inconsistência nos dados presentes no documento, ou até mesmo a ausência de informações que deveriam constar no CNIS. Segundo o advogado Rômulo Saraiva, o documento é de extrema importância para todo contribuinte, visto que é através da análise destes dados que o sistema aprova ou não os requerimentos da aposentadoria.
Inclua atividades no tempo de contribuição
Existe um grupo de atividades que podem não estar registradas pelo INSS, mas contam como tempo de contribuição. Lembrando que para conseguir a aposentadoria, é necessário cumprir com o período mínimo de contribuição com INSS.
Nesta linha, o segurado pode incluir períodos que aumento o tempo de contribuição, a exemplos de trabalhos informais, atividades tidas como especiais, sendo aquelas em que o trabalhador foi exposto a agentes nocivos a saúde ou integridade física, e até mesmo o tempo em prestação de serviço militar. Portanto, caso você atenda algum destes perfis, reúna a documentação necessário para atestar o tempo de serviço.
Analise o melhor momento de pedir a aposentadoria
A recomendação, aqui, é analisar fatores que podem interferir diretamente na aprovação do pedido, ou até mesmo em condições melhores na aposentadoria. Sendo assim, a dica é prestar atenção em questões, como a situação financeira e as diferentes regras do benefício estipuladas pela Previdência Social.
Nesta linha, vale esclarecer que a aposentaria conta com diferentes modalidades com regras de concessão específicas. Portanto, a ideia é buscar se informar, a fins de garantir um maior êxito ao pedir o benefício. A recomendação de sempre, é procurar a consulta de um advogado especializado, para elaborar um bom planejamento previdenciário.
Aposentadoria por idade têm mais chance de ser aprovado pelo robô
Por fim, esta última dica é voltada ao crivo do sistema de inteligência artificial, em relação aos requerimentos da aposentadoria. De acordo com Diego Cherulli, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário, segurados com mais de 15 anos de contribuição e que irão pedir a aposentadoria por idade, têm maiores chances de ter o pedido aprovado pelo INSS.
“A análise do INSS deve ser ampla, mas o robô tem uma análise restrita às informações do CNIS e àquelas feitas no curso do requerimento, mediante anotações predeterminadas no sistema Meu INSS. Algumas situações precisam de prova, como o tempo recolhido fora do prazo, a atividade especial, a incapacidade, a condição de portador de deficiência (PCD), o tempo de efetiva atividade de magistério, o tempo não constante no CNIS, dentre outras situações.”, pontua o especialista.
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Fonte: Jornal Contábil
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