Por Comunicação do Fórum dos Conselhos
“Nos conselhos profissionais, posso usar a inteligência artificial para fazer uma fiscalização inteligente, que gere alertas e scores de risco, por exemplo”. As palavras são de Fábio Jacinto Barreto, professor e pesquisador do Departamento de Gestão de Políticas Públicas da Universidade de Brasília (UnB). Ele conduziu, junto com o especialista em governança aplicada às inteligências Walter Marinho, a palestra “Inteligência artificial como instrumento para trazer maior efetividades aos serviços prestados pelos conselhos de profissões regulamentadas”, que fechou o primeiro dia de atividades do Encontro dos Conselhos de Profissões Regulamentadas 2024.
O evento tem como tema “Representatividade, integridade e evolução” e reúne no Conselho Federal de Medicina (CFM), em Brasília, entre 26 e 27 de novembro, cerca de 500 conselheiros, gestores e colaboradores dessas instituições. A realização é do Fórum dos Conselhos Federais das Profissões Regulamentadas (Conselhão).
Preparação
De acordo com Barreto, o atual desafio dos conselhos na área da tecnologia é “preparar os dados que eles têm para rodar com a inteligência artificial”. Segundo o professor, é preciso investir em “barramentos” e “interfaces”, ou seja, tecnologias intermediárias.
Elas “funcionam como tomadas para ligar os módulos de inteligência artificial” para que essas organizações consigam usar, na prática, as modalidades de IA disponíveis no mercado.
As possibilidades de uso da tecnologia para melhorar os serviços prestados à sociedade são inúmeras, de acordo com o palestrante. “O conselho pode, por exemplo, disponibilizar o histórico de uma construção por meio das anotações (ARTs) ou registros de responsabilidade técnica (RRTs), usando a inteligência artificial para buscar e redigir essas informações”, cita Barreto.
Outro uso possível da inteligência artificial é o atendimento direto ao público. “Posso fazer a IA ler todo o arcabouço normativo sobre uma profissão e responder a perguntas ao profissional sobre as normas que o conselho aplica”.
No entanto, o pesquisador faz um alerta: “Para usar bem a inteligência artificial nos conselhos, é preciso ir muito além do ChatGPT e das ferramentas comerciais. É preciso se estruturar”.
Livro
Walter Marinho disponibilizou ainda o livro “Governança e ética em regulação de inteligência artificial” (clique aqui para acessar), sobre como gerir esse tipo de tecnologia nos governos e nas empresas. O prefácio é do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes.
Fonte: Conselho Federal de Contabilidade
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