Muito tem se falado sobre o impacto das Fintechs, empresas de finanças baseadas em plataformas digitais, no cotidiano das pessoas físicas. São “bancos” sem agências, “corretoras de investimento” sem corretores, “correntistas” sem gerente e nem tarifas. A tecnologia tem proporcionado uma verdadeira revolução na maneira como as pessoas lidam com o próprio dinheiro. A novidade agora é que está mudando também o jeito como as empresas fazem isso. Já se fala, inclusive, sobre o fim do dinheiro – pelo menos do jeito como conhecemos hoje.
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No mundo mobile, carteiras, cartões e extratos estão sendo facilmente substituídos por aplicativos no seu smartphone. As Fintechs são tão disruptivas para os bancos quanto o Uber para os taxistas. Já tem gente chamando esse fenômeno de desbancarização. Segundo dados da FintechLab, estima-se que já existam cerca de 150 Fintechs atuando no país. No total, são nove categorias de atuação: pagamentos, gestão financeira, investimentos, empréstimos, funding, Bitcoin, conectividade, Big Data e até de seguros.
Além de trazer grande facilidade para o cotidiano das pessoas, essas Fintechs também estão prometendo sacudir a relação das empresas, independentemente do porte, com as instituições financeiras tradicionais. Um dos melhores exemplos nesse sentido é uma parceria inédita entre a brasileira Omie e a israelense WorkCapital. A Omiexperience, empresa desenvolvedora do Omie, ERP focado na gestão de empresas de pequeno e médio porte, se uniu à WorkCapital para oferecer crédito aos seus clientes dentro do próprio sistema. O sucesso já é tão grande que só na semana do lançamento houve mais de 450 solicitações, totalizando R$ 53 milhões em pedidos.
Segundo uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC Brasil, a crise só tem dificultado o acesso ao crédito. Cerca de 36,9% dos entrevistados das PMEs consideram que conseguir empréstimos é algo difícil e, as maiores dificuldades são a burocracia e as altas taxas de juros. “Com a recessão econômica, os bancos ficaram muito mais receosos em emprestar. Como o risco de inadimplência está maior, as taxas de juros sobem e as burocracias também. O crédito via Omie elimina tudo isso. Como o sistema mantém a contabilidade da empresa em tempo real, já temos dados suficientes para calcular automaticamente sua capacidade de pagamento, mas apenas rodamos esse algoritmo com a autorização prévia da empresa. Isso nos permite oferecer taxas bem menores”, garante Marcelo Lombardo, CEO da Omiexperience.
O desenvolvimento da ação para o mercado brasileiro levou cerca de um ano e envolveu mais de 20 desenvolvedores dos dois lados. Um dos sócios da WorkCapital, Simão Neumark, é brasileiro e, seu conhecimento sobre o país foi determinante para avançar na parceria. “Conheço bem a realidade das empresas brasileiras, sobretudo as de pequeno e médio porte. Sabia que faltava uma solução como essa, capaz de resolver o problema de acesso ao crédito com um único clique”, lembra.
A ideia é promover e ampliar o acesso ao crédito via antecipação de duplicatas com taxas mais baixas, que cabem no bolso dos pequenos empresários. “Fazemos uma análise algorítmica completa da empresa, algo nunca feito no mercado de crédito para PME”, defende Lombardo. Para quem não conhece, antecipação de duplicatas é uma operação em que uma empresa cede seus recebíveis para receber o valor referente a estas vendas no mesmo dia, descontada a taxa de fomento mercantil. A partir deste ponto, os clientes desta empresa que receberam a mercadoria ou serviço pagarão diretamente à WorkCapital, finalizando assim o ciclo de crédito.
Sobre Omie: www.omie.com.br
Omie é um ERP que oferece uma plataforma completa de gestão empresarial na nuvem para controlar todos os processos financeiros, de CRM, vendas e serviços, além de emissão de boletos e NF-e, com foco em PMEs. Com um visual simples e intuitivo, o sistema é muito fácil de ser operado e todas as informações fiscais e contábeis são integradas automaticamente com o contador, independente do software que ele utilize. Tudo isso, sem limites de usuários ou cobranças adicionais. “Ter uma gestão confiável é crucial para que uma empresa possa crescer. Acreditamos nisso e desenvolvemos um ERP capaz de atender as necessidades do negócio e ainda ser atrativo ao usuário”, esclarece Marcelo Lombardo, sócio-fundador da Omiexperience.
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Fonte: Fintechs: como elas estão mudando a relação das empresas com os bancos?