*Por Eduardo Tardelli

Dados da Serasa Experian apontam que o Brasil registrou 1,96 milhão de tentativas de fraude (ou uma a cada 16 segundos), em 2017. O aquecimento do mercado de crédito e a maior especialização dos fraudadores são os principais indicadores desse crescimento, segundo a instituição.

Seja em empresa ou pessoa física, o ato da fraude consiste em ação com objetivo de obter propriedades, dinheiro ou serviços de outrem de forma desonesta, prejudicando um dos lados. No Brasil, há milhares de exemplos públicos (política, mercado corporativo) e privados em que pessoas com má intensão aplicam golpes em outras, prejudicando empresas e, consequentemente, a imagem do país ante o mundo. Afinal, os principais impactos das fraudes são financeiros e a associação da empresa com tais práticas, que pode levar eventualmente a perder negócios.

Muitas vezes disponibilizamos nossos dados, seja na internet ou em lojas físicas, sem nos preocuparmos se sua proteção será realmente efetiva. Por isso, seja uma pessoa física ou pessoa jurídica, é necessário manter a cautela na hora de fornecer dados.

Não existe segredo para evitar a fraude financeira na empresa, mas boas práticas ajudam na prevenção e a mitigar esses possíveis prejuízos. No caso do mundo empresarial – principalmente em relação a micro e pequenas empresas, que estão mais suscetíveis a maiores danos – a primeira ação a se fazer é conhecer seu quadro de colaboradores e seus históricos passados, por meio do background check, por exemplo, para conhecer suas referências. Ferramentas e softwares podem ajudar nessa prevenção. O mesmo vale para fornecedores e parceiros, que devem ter seu registro, localização, reputação e outras características pertinentes investigadas antes de qualquer tomada de decisão.

Auditar possíveis áreas e pessoas que podem cometer essas fraudes é outro passo importante, realizada, constantemente, para a observação e análise de procedimentos, com a finalidade de propor algumas alterações na aplicação dos processos. Ressalto que, quando bem executada, a auditoria interna pode antever casos de riscos e alertar o tomador de decisão, para que, dessa forma, seja criado um plano de ação que previna o acontecimento da fraude.

No cenário atual, os profissionais de prevenção de riscos têm passado pela transformação digital da área, e ferramentas de automação de busca de informações são os principais diferenciais para melhorar os processos, coletando dados de diversas fontes de conhecimento e colocando-os em um só lugar, otimizando as buscas e economizando tempo dos times envolvidos. Portanto, vale usar a tecnologia a seu favor e se livrar de toda e qualquer incerteza que possa prejudicar sua empresa!

*Eduardo Tardelli é CEO da upLexis, empresa de software que desenvolve soluções de busca e estruturação de informações extraídas de grandes volumes de dados (Big Data) extraídos da internet e outras bases de conhecimento

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Fonte Jornal Contábil