Pedro Arruda*
Estar no cargo de CFO (Chief Executive Officer) e ser o responsável pela manutenção dos recursos financeiros de uma empresa é, sem dúvida, uma das posições de maior responsabilidade dentro de uma organização. Afinal, esse é o “homem do dinheiro”, o executivo que cuida do planejamento financeiro, domina a gestão do capital de giro, analisa investimentos, acompanha os desvios de budget e os recoloca na direção correta e interage com todas as áreas.
Ser o CFO hoje é desafiante e requer atualização constante e atenção para não perder o foco e nem o timing do mercado. A figura do profissional executivo que vive mergulhado em planilhas financeiras sempre em busca de gargalos ou prevendo cenários futuros da empresa, entre outras tantas possibilidades, está mudando.
O CFO do presente, e especialmente do futuro, precisa entender e lidar com computação em nuvem, automação de processos robotizados, inteligência artificial e machine learning. Afinal, uma nova classe de disruptores digitais está transformando a área de finanças e deixando os CFOs mais conectados do que nunca.
Tendo em mente esse cenário, a cada ano que passa, o mundo se torna mais ágil. As inovações chegam ao mercado diariamente. Sempre em algum lugar, uma nova empresa está surgindo para oferecer uma tecnologia (Big Data, Analytics, IoT, inteligência artificial, Blockchain, cloud, automação, só para citar algumas), uma solução para os negócios ou um novo concorrente surge. Estar atendo a tudo que acontece ao seu redor para que o timing de tomada de decisões seja preciso é grande desafio do CFO hoje.
Portanto, o CFO que pretende sobreviver deve, urgentemente, promover uma imersão no mundo da tecnologia, pois à medida que ela avança, especialmente em mercados e setores cada vez mais maduros, a necessidade de fornecer insights por meio de análises e relatórios eficientes torna-se muito mais importante. Uma pesquisa da consultoria EY com CFOs e líderes de finanças de 32 países mostrou que 69% dos entrevistados acreditam nas mudanças de seu papel e de que as tarefas tradicionais serão automatizadas ou gerenciadas em centros de serviços compartilhados.
Na mesma linha, a Accenture divulgou uma pesquisa em 2018 em que 75% dos executivos financeiros e CFOs de grandes corporaçõesacreditam que seus papéis ganharam maior influência nas transformações empresariais. Não restam dúvidas sobre isso, especialmente porque também questões como compliance e governança corporativa estão sendo cada vez mais levadas a sério dentro das companhias.
O futuro, enfim, chegou. E responda sem titubear: você, CFO, está preparado a contribuir com a sua empresa de forma estratégica?
*É diretor de Vendas Corporativas da Accesstage
O post O papel ainda mais estratégico do CFO em tempos de transformação digital apareceu primeiro em Jornal Contábil Brasil – Canal R7/Record.