Você sabia que 59,6% das famílias brasileiras estão endividadas, segundo um estudo da Confederação Nacional do Comércio? Isso se deve, em grande parte, por falta de um planejamento financeiro familiar eficiente. Na ausência de um bom controle financeiro, fica muito mais difícil tirar os objetivos do papel, não é mesmo?
Ter as contas da família em dia é fundamental, pois, diferentemente das finanças pessoais, as despesas familiares precisam de um maior cuidado, já que envolvem outras pessoas.
Neste artigo, apresentaremos os principais pontos que devem ser levados em consideração para o desenvolvimento do seu planejamento financeiro familiar em busca de mais qualidade de vida para quem você ama.
O que é preciso para um planejamento financeiro familiar eficiente?
Em muitos casos, as famílias se endividam por não conhecerem a verdadeira situação do seu orçamento mensal. Sem uma visão real das finanças, as pessoas ignoram o impacto de certos gastos e ainda traçam metas inatingíveis.
Por isso, o primeiro passo para colocar a casa em ordem é catalogar todas as despesas da família.
Então, como fazer o controle financeiro familiar? Simples: você pode começar usando um caderno de anotações para mapear os gastos e ganhos de todos os membros da casa. Com o tempo, adote uma ferramenta que você goste (como um aplicativo ou planilha) para otimizar seu tempo e deixar essa tarefa mais rápida.
Depois de anotar absolutamente todas as despesas de cada membro do seu lar, divida os gastos por categorias.
Você se surpreenderá com o peso de determinadas despesas, aparentemente inofensivas. A partir daí, veja o que pode ser reduzido ou até mesmo cortado.
Procure sempre criar hábitos mais saudáveis, que mantenham a qualidade de vida da sua família, sem gerar prejuízos. Veja a seguir algumas dicas para melhorar seu planejamento financeiro familiar:
Negocie suas dívidas e evite criar novas
Os parcelamentos costumam apertar o orçamento. Por isso, apure o valor de cada dívida e reserve parte do orçamento para quitá-las. Depois de reunir uma boa quantia, converse com cada credor e exerça seu poder de negociação. Na maioria dos casos, é possível obter bons descontos para ficar livre dos débitos.
Outra possibilidade é substituir as dívidas de juros maiores por empréstimos com taxas mais baixas. Por exemplo, você pode trocar o cheque especial, ou o rotativo do cartão de crédito, por um crédito pessoal que tenha juros menores.
Minimize gastos e aumente os ganhos
Quanto maior for o planejamento para as compras importantes e para os momentos de lazer, menor será a ocorrência das compras por impulso, as grandes vilãs das finanças.
Sempre que possível, una os esforços dos integrantes da casa para comprar sempre à vista. Dessa forma, vocês poderão negociar bons descontos, além de não precisar arcar com parcelas que pesarão no orçamento por vários meses.
Lembre-se que, para que essas aquisições possam ser feitas, é necessário continuar registrando as receitas e despesas. Por isso, crie o hábito de separar um tempo para verificar as contas e planejar o que será comprado nos próximos meses.
Além disso, vale conversar com seus familiares para buscar fontes de renda extra que possibilitem um ganho mensal melhor. Isso também trará uma folga para comprar mais à vista e gastar menos com juros e parcelas.
Guarde dinheiro
Você já deve ter ouvido falar que as pessoas de sucesso financeiro são aquelas que expandem seus ganhos, guardam uma quantia mensal e depois investem. Ou seja, sem saber como economizar dinheiro, você dificilmente conseguirá desfrutar de uma tranquilidade financeira.
Inclusive, é importante lembrar que a vida sempre está sujeita a imprevistos. Não é por acaso que todos os especialistas financeiros concordam sobre a importância de ter uma reserva de emergência (também chamada de colchão financeiro).
O objetivo dessa reserva é justamente cobrir os gastos eventuais, que surgem fora do planejamento financeiro familiar, sem comprometer o orçamento da família.
Apesar de não existir um consenso sobre o tamanho do colchão financeiro, o valor precisa ser suficiente para cobrir emergências, como um problema de saúde ou perda do emprego. E um detalhe: só saque a sua reserva em casos de extrema necessidade.
Defina objetivos para o curto, médio e longo prazo
Um bom planejamento financeiro familiar é aquele que contempla diferentes momentos de vida. Se você focar apenas no longo prazo, dificilmente conseguirá manter a disciplina pois tenderá a se render às tentações. Por outro lado, ao focar apenas nos próximos dias, você acabará abrindo mão de construir um futuro tranquilo.
Por isso, o ideal é ter planos para o longo, médio e curto prazos. Aqui também não há um consenso sobre o tempo, pois depende da sua configuração familiar. O longo prazo pode ser daqui a 3 anos, por exemplo, ou o momento da aposentadoria da pessoa com maior renda da família.
Depois de escolher qual será seu longo prazo, você pode dividir esse tempo pela metade para chegar ao médio prazo. Em seguida, dividir ao meio de novo para ter o curto prazo.
Por exemplo, se o longo prazo que você definiu é de 2 anos, o seu médio prazo será 1 ano e o curto, de 6 meses. Estabeleça objetivos e metas para cada um desses períodos, sempre combinando e conversando com toda a família para chegarem a um acordo que seja interessante para todos.
Invista o dinheiro conforme os seus planos
Deixar seu dinheiro guardado na conta corrente ou na Poupança é um tiro no pé, já que ele pode sofrer com a inflação e você poderá perder poder de compra. Sendo assim, prefira aplicações mais rentáveis e sejam regulamentadas como a caderneta.
Para objetivos de curto ou médio prazos, você pode utilizar produtos de renda fixa, como o Tesouro Direto, CDB, LCI e LCA, além de fundos de investimento de alta liquidez (que permitem sacar seu dinheiro rapidamente caso haja imprevistos).
Para metas de longo prazo, como a aposentadoria, uma boa opção é um título público com vencimento próximo a esse período. Há opções como o Tesouro IPCA, que paga a inflação mais uma taxa prefixada.
Investimentos atrelados ao IPCA, indicador que mede a inflação no Brasil, são bem interessantes para quem deseja investir no longo prazo porque faz com que o poder de compra do dinheiro aplicado fique protegido, mesmo se a inflação subir bastante.
Esses são só alguns exemplos de como você pode aproveitar as oportunidades do mercado e escolher aquelas que mais se adequam aos objetivos da sua família. Aqui na Toro, desenvolvemos uma plataforma fácil de usar e que te ajuda a encontrar investimentos que cabem no seu bolso e de acordo com o seu perfil.
Como organizar o orçamento familiar?
Essa é uma dúvida bastante comum. Para começar a colocar sua organização em prática, a principal dica é envolver todos da família.
Até mesmo crianças e adolescentes podem participar da organização do orçamento doméstico.
Veja a seguir alguns passos importantes para organizar as finanças da família:
Liste todos os gastos
Depois de conversar com todos, é fundamental anotar os gastos de cada membro, além de como eles são pagos (débito, dinheiro, crédito etc.). Não caia na tentação de deixar os gastos menores de fora, como lanches e doces, pois eles quando são somados também pesam no bolso. Isso também vale para as despesas fixas, como escola, aluguel, transporte e contas da casa.
Some todas as rendas
Conhecer a renda total familiar é importante para compreender até onde podem ir os gastos. Só assim você poderá planejar e verificar o que cabe e não no orçamento.
Crie metas para os gastos
Após identificar os gastos, você facilmente enxergará alguns exageros. Determine prioridades e crie metas (tetos) para os gastos da casa, assim como para cada categoria de gasto (lazer, supermercado, transporte etc.).
Corte despesas
Agora é a hora de começar a cortar despesas que têm se repetido mês após mês. Você pode, por exemplo, cancelar serviços pouco aproveitados ou reduzir o pacote da TV por assinatura, por exemplo. Fazer um plano família para o celular é outra boa opção.
Planejamento financeiro familiar: como sair das dívidas
Sabemos que as dívidas estão presentes na realidade de muitas famílias brasileiras, e sair delas não é tão difícil quanto parece. É lógico que vencer esse obstáculo exige determinação e organização. No entanto, seguindo os passos certos, você e sua família logo estarão livres dessas companhias indesejáveis.
Para que você consiga tirar a família do vermelho, é imprescindível seguir alguns passos:
- Pague as dívidas com juros mais altos primeiro: essas são as dívidas mais caras, pois vão crescer mais rapidamente.
- Renegocie suas dívidas: todo mundo quer receber dinheiro. Você pode se surpreender com a disposição dos credores em renegociar e oferecer descontos para que você pague a dívida o mais rápido possível.
- Faça um plano de pagamento: defina o prazo e os valores que vai pagar todo mês até ficar livre das dívidas.
- Construa uma reserva de emergência: defina um percentual de dinheiro para guardar todos os meses e, assim, se preparar caso surja algum imprevisto.
3 regras de ouro para manter seu planejamento financeiro familiar em dia
Existem 3 hábitos básicos que toda família que busca controlar suas finanças deve manter. Pensa que é algo de outro planeta, impossível de cumprir? Nada disso. Esses passos são importantes e também muito simples: ganhar, guardar e investir.
Ganhar é a primeira etapa. Pessoas com sucesso financeiro estão sempre em busca de mais conhecimento e novas habilidades para expandir seus horizonte e, consequentemente, aumentar seus ganhos.
A segunda etapa é guardar — ou seja, não basta apenas pagar as contas mês, mas também reservar parte do dinheiro. Se o quanto a sua família ganha não deixa uma folga no orçamento para criar uma reserva financeira, existem duas saídas para resolver a questão:
- Buscar maneiras de ter uma renda extra, aumentando a receita mensal da família.
- Cortar custos, de preferência sem mexer drasticamente no padrão de vida da família, mas, ainda assim, trocar certas atividades por outras mais acessíveis.
Finalmente, chega a hora de investir. Isso é extremamente importante, já que o dinheiro guardado jamais deve ficar parado na Poupança ou na conta corrente. Para ter resultados melhores, é necessário investir em boas aplicações que podem render muito mais do que a caderneta.
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Fonte: Toro Investimentos
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