Uma reflexão que merece ser realizada é sobre quais os motivos que levam o setor de Engenharia e Construção a ser tão conservador. Conceitos muito simples de entender, como os benefícios do BIM (Building Information Modeling), que são relativamente baratos de serem implantados, estão levando anos para se consolidar. Outras metodologias, já presentes em outros países, como a digitalização de canteiros e realidade virtual, ainda parecem ficção científica para nós, brasileiros.

São diversos motivos que levam o setor a ser atrasado, mas, certamente, um deles é que a engenharia é feita por engenheiros.

Na busca por inovação, o segredo é observar, ver o que está errado e “pivotar”, ou seja, mudar o que está dando problema e voltar a tentar tornar a errar de novo e, assim, seguir até dar certo. A preocupação não é deixar de errar, mas corrigir rápido o erro.

Nós, engenheiros, fomos educados para planejar nosso trabalho, para fazê-lo minimizando erros e otimizando recursos. Diante deste cenário, o dar errado, não ter previsto algo e ter resultados distintos do previsto ou do projetado, dói e é difícil de aceitar.

Engenharia e inovação, por que o setor está estagnado?

Este é o problema. Para inovar, o acerto é exceção, a regra é dar errado. Então, na adoção de uma técnica nova, de um novo software ou de um novo processo, só saberemos se vai funcionar e quais serão os resultados se os colocarmos em prática. A chance de não atender plenamente nossas expectativas, de perdemos dinheiro ou de não dar certo é alta, mas isso não pode ser colocado como um problema. Ganha-se conhecimento, ajusta-se ou tenta-se de novo. Só assim, de forma gradual e contínua, há avanço e, consequentemente, inovação.

O medo de dar errado nos paralisa. Há muita movimentação, leituras, seminários, visitas, demonstrações e poucos corajosos se aventurando. Os “fracassos” destes pioneiros são usados como consolo dos que ficaram inertes e, assim, o setor continua sem inovar.

Há um problema: o mundo é plano, a banda passa e o tempo voa. Precisamos mudar nosso mindset e mudar este jogo antes que o setor, que está parado, seja atropelado por quem está andando.

*Marcus Granadeiro é engenheiro civil formado pela Escola Politécnica da USP, presidente do Construtivo, empresa de tecnologia com DNA de engenharia e membro da ADN (Autodesk Development Network) e do RICS (Royal Institution of Chartered Surveyours).

Sobre o Construtivo.com ( www.construtivo.com/)

O Construtivo é uma empresa de tecnologia com DNA de engenharia. Pioneira no conceito de nuvem, desde 1999 atende os maiores projetos de infraestrutura do Brasil.

Fundado em 1999 como uma joint venture do Grupo Santander, o Construtivo passou por um processo de MBO (Management buy-out) em 2004 e se tornou uma empresa nacional.

Com sede em São Paulo e filial em Porto Alegre, o Construtivo tem como carro chefe a solução Colaborativo, ofertada na modalidade de serviço (SaaS) e atendendo mais de 25 mil usuários com rede de plena redundância e com padrões de segurança internacionais a partir de seus servidores em Data Center Nacional padrão Tier III.

As soluções do Construtivo não se limitam apenas àquelas que compõem o Colaborativo. Elas englobam o serviço e o conhecimento de sua equipe como parte do processo. Aproveitando o know-how de mais de 20 anos de sua equipe em CAD e o pioneirismo em BIM, o Construtivo estabeleceu um núcleo de serviços de CAD / BIM.

Com cerca de 100 clientes ativos, entre eles UHE Belo Monte, CSN, Systra Vetec, CEEE, Voith, EBEI, Exto, CTG Brasil, Mobissom, LPC Latina, Rodobens, State Grid, JHE, PK, Voith, Rumo e Energia Consult, o Construtivo.com se tornou uma das principais empresas voltadas para o gerenciamento de processos com especialização em engenharia civil do país, atendendo áreas como energia, transporte, administração pública, manutenção, entre outras.

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Fonte: Jornal Contábil
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