Uma quadrilha que aplicava golpes em comerciantes foi presa na cidade de São Paulo. O grupo é acusado de roubar dados bancários de clientes dos estabelecimentos por meio de uma fraude nas máquinas de cartão. A polícia descobriu a atuação da quadrilha após receber inúmeras denúncias em delegacias da zona leste da capital paulista, onde a maior parte dos golpes era aplicada.
O esquema funcionava da seguinte forma: os criminosos se apresentavam nas lojas como técnicos das empresas de maquininhas e diziam que precisavam levar os aparelhos para a manutenção. No lugar, deixavam uma máquina adulterada que, durante as transações, roubava os dados dos cartões dos clientes. Dois ou três dias depois, alguém da quadrilha voltava para devolver a máquina do comerciante e pegar de volta o aparelho fraudado. Os dados roubados eram impressos em cartões falsos e usados para compras e demais tipos de pagamentos.
Infelizmente, os golpes financeiros em pequenos e micro empreendedores não são ocasionais. Em 2018, ao menos 1 em cada 10 foi vítima de fraudes, revelou uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). A Azulis reuniu algumas dicas que vão ajudar você a proteger o seu negócio, e seus clientes, contra a ação desses criminosos. Confira.
1) Exija agendamento da visita
Se alguém aparecer no seu estabelecimento pedindo para levar a maquininha, tenha certeza de que a pessoa trabalha mesmo para a empresa responsável pelo aparelho. O ideal é fazer uma dupla verificação, explica Daniel Miranda, especialista em máquinas de cartão da Azulis. Isso significa que você deve exigir ao menos duas das três formas de agendamento de visita a seguir: por e-mail, telefone ou SMS.
“Se aparecer uma pessoa do nada querendo levar sua maquininha, diga que quer uma ligação de confirmação. Se alguém ligar, peça também um e-mail registrando o agendamento”, explica Miranda, da Azulis.
Ao receber a ligação ou e-mail/ SMS supostamente enviado pela empresa de maquininhas, também é importante ficar atento aos detalhes. Veja se o endereço de e-mail é comercial, se há uma assinatura com informações de contato, pergunte alguns dados do seu contrato que só a responsável pelo aparelho saberia fornecer. Enfim, busque qualquer indício de fraude.
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2) Faça testes com a maquininha
Em alguns tipos de golpes, os criminosos mudam as configurações da máquina de cartão para que o dinheiro das transações seja direcionado para outra conta bancária. Nesses casos, o recebimento é antecipado para que o empreendedor não tenha tempo de perceber a fraude.
Para não cair nesse tipo de golpe, é indicado fazer alguns testes na maquininha assim que ela voltar da manutenção. Veja se as transações aparecem no seu extrato, confira se os dados do recibo estão corretos, cheque as informações de domicílio bancário (conta que recebe o dinheiro das transações) e confira se houve alguma alteração nas suas configurações – como nome, CNPJ e prazo de recebimento dos valores.
Também é válido fazer os mesmos testes com a máquina substituta que fica no estabelecimento enquanto a outra segue para a manutenção. Essas informações estão todas disponíveis na área logada das empresas de maquininhas, acessada por aplicativo ou site.
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3) Cuidado ao vender!
A intenção das quadrilhas que roubam dados de cartões é usá-los para pagamentos em lojas físicas ou online. As compras podem ser, inclusive, pagas no débito, pois muitos criminosos imprimem as informações em cartões falsos. Portanto, o dono de negócio não deve ficar atento apenas aos golpes da máquina de cartão, mas também aos clientes que têm atitudes suspeitas.
Imagine que você tem uma loja de eletrodomésticos. Um dia, um cliente desconhecido paga uma compra de R$ 20 mil reais no crédito à vista e leva a mercadoria na hora. Se esse comprador for um criminoso, certamente o verdadeiro dono do cartão vai perceber a compra estranha na fatura e entrar em contato com o banco para que o valor seja retirado. No fim das contas, você fica sem a mercadoria e sem o dinheiro.
“Para transações de valores não comuns ao estabelecimento ou compras em que a pessoa já leva a mercadoria no dia, peça o documento do cliente e veja se é a mesma pessoa que aparece no cartão”, indica Miranda, da Azulis.
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4) Por fim, uma dica!
A maioria dos golpes relacionados a maquininhas de cartão é aplicada em estabelecimentos que têm aparelhos alugados. Normalmente, somente esse tipo de contrato permite agendar uma visita técnica – maquininhas compradas devem ser levadas a um posto de atendimento da empresa responsável, caso precisem de manutenção.
Portanto, se puder, compre uma máquina de cartão em vez de alugar. No comparador de maquininhas da Azulis, você encontra o modelo ideal para o seu negócio e fica sabendo de várias promoções. Com esses cuidados simples, você protege seu negócio e seus clientes, não perde dinheiro, evita dor de cabeça e fica tranquilo para pensar no que realmente importa: vender.
Fonte: Azulis
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Fonte: Jornal Contábil
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