As videolocadoras foram bruscamente substituídas pelas redes de streaming, não é difícil imaginar um futuro em que o ato de dirigir será apenas hobbie e não uma atividade remunerada e cobradores de ônibus são figuras cada vez mais raras na rotina da população. Já está claro, algumas profissões vão desaparecer com o avanço da tecnologia. Porém, apesar do que muitos imaginam, esse movimento de mudança tem tudo para ser mais benéfico do que devastador.
Um estudo divulgado pela consultoria Deloitte em 2015 mostrou que no último século, ao invés de reduzir vagas, a revolução tecnológica contribuiu para a geração de novos postos de trabalho. Isso prova que a democratização do acesso à informação, a globalização, o aprimoramento da comunicação e outros avanços científicos estão contribuindo para o aumento da produtividade e da oferta de oportunidades.
Com o avanço da Inteligência Artificial e do aumento progressivo da capacidade computacional, em breve o mundo será completamente diferente. Ao mesmo tempo em que essa trilha é percorrida, as relações de trabalho também são vigorosamente alteradas e um dos mais notórios efeitos desta revolução já pode ser visto no mercado de recursos humanos.
Desde o uso de inteligência artificial para promover a combinação entre possíveis colaboradores e a cultura empresarial da companhia, até a criação de estratégias digital para vagas específicas, o setor está passando por mudanças estruturais, complexas e determinantes. Um dos pontos que evidencia isso é o retorno do protagonismo dos – até pouco tempo atrás, ultrapassados – testes de personalidade.
O fator comportamental é um aspecto que costuma permanecer oculto nas entrevistas de emprego, mas são determinantes para a contratação e um dos grandes responsáveis pela rotatividade de colaboradores que não se encaixam na cultura da empresa. Com a chegada do Big Data e Inteligência Artificial, os testes que avaliam soft skills estão voltando para se tornarem protagonistas do setor.
E ao unir metodologia, conhecimento de mercado e tecnologia, as ferramentas que analisam as habilidades comportamentais de forma assertiva, vão encurtar o processo de contratação, capacitação e efetivação de novos colaboradores. O entendimento pleno do ser humano pode ser responsável por promover a próxima grande revolução no trabalho.
Diego Figueredo, CEO da Nexo AI
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Fonte: Jornal Contábil
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