Finanças empresariais são a arte e a ciência de gerenciar o dinheiro da empresa e uma das funções administrativas mais importantes em um negócio. O papel de finanças é garantir que haja fundos suficientes para as operações e que estes sejam gastos e investidos com sabedoria.
A importância da função financeira reside em sua capacidade de manter um negócio operando suavemente, sem falta de caixa, garantindo, ao mesmo tempo, que haja recursos para investimentos de longo prazo. A literatura costuma dividir a função financeira em três tipos de decisões fundamentais: decisões de investimento; decisões de financiamento; e decisões de liquidez. As duas primeiras são de longo prazo e a última, de curto prazo, todas igualmente importantes e fundamentais para a sobrevivência do negócio.
O objetivo da empresa e, consequentemente, do administrador financeiro, sempre foi e ainda é maximizar a riqueza do acionista, mas, nos tempos atuais, esse objetivo fica sujeito a três restrições importantes, de modo a garantir a sobrevivência da empresa no longo prazo, que são: o cuidado ambiental; a preocupação social; e a governança corporativa. É o que se denomina, hoje em dia, de finanças sustentáveis. A necessidade de se incluir os aspectos ambientais, sociais e de governança corporativa no processo decisório trouxe desafios adicionais aos profissionais de finanças, que o curso busca alcançar para ajudá-los a vencer.
O tempo é um elemento essencial para finanças. Quando se fala da importância do tempo na decisão econômica, pensa-se em particular na relevância das escolhas que envolvem o presente versus o futuro. Mas o futuro é sempre incerto, portanto, qualquer decisão financeira com implicações futuras é necessariamente arriscada. Tempo e risco são inseparáveis. É por isso que risco é a segunda palavra-chave em finanças, e o curso busca dar ferramentas aos administradores financeiros para lidar com ele.
O processo atual de inserção internacional das empresas também trouxe desafios adicionais para os administradores financeiros. As tarefas de administração, tomada de decisões e avaliação de uma variedade cada vez maior de situações complexas leva à necessidade de se estar atualizado com os acontecimentos mundiais. O horizonte de tomada de decisão se expandiu e tem exposto as empresas do país e do exterior a riscos mais altos, exigindo, por exemplo, uma atenção especial às variações cambiais e à forma como os mercados funcionam no resto do mundo, preocupações que indivíduos capacitados devem conseguir enfrentar com mais eficácia.
Octavio Ribeiro de Mendonça Neto é doutor em Contabilidade e Atuária e professor do Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Finanças Empresariais da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Roberto Borges Kerr é doutor em Administração de Empresas e professor do Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Finanças Empresariais da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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Fonte: Jornal Contábil
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