A expectativa de inflação dos consumidores brasileiros para os próximos 12 meses se manteve estável em 4,8% no mês de dezembro, valor mínimo histórico da série. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve queda de 0,6 p.p.
“A estabilidade do resultado de dezembro sugere que o bom comportamento dos preços da maioria dos itens da cesta de consumo das famílias esteja exercendo maior peso na formação das expectativas. Por esse motivo, apesar dos choques recentes em determinados produtos, a expectativa de inflação dos consumidores continua no patamar mínimo da série histórica. Para os próximos meses, a depender da trajetória principalmente do núcleo da inflação, esperamos que todas faixas de renda convirjam cada vez mais à meta oficial”, afirma Renata de Mello Franco, economista da FGV IBRE.
Analisando a frequência da inflação prevista por faixas de respostas, a parcela dos consumidores que projetam valores abaixo da meta de inflação atual (4,25%) diminuiu, de 54,2% em novembro para 52,7% em dezembro. Por outro lado, a proporção de consumidores projetando acima do limite superior da meta de inflação (acima de 5,75%) para 2019 aumentou, de 29,7% para 31,1%, após sete quedas consecutivas.
Na análise por faixas de renda, apenas para as famílias com renda familiar mensal até R$ 2,1 mil houve queda das expectativas medianas para a inflação nos 12 meses seguintes, diminuindo de 5,8%, para 5,4% entre novembro e dezembro. Para os consumidores com renda entre R$ 4,8 e R$ 9,6 mil, a expectativa mediana aumentou 0,2 p.p., para 4,2%, nível ainda próximo do mínimo histórico registrado no mês anterior (4,0%). Para as demais famílias, as expectativas permaneceram inalteradas.
Por Portal IBRE FGV
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Fonte: Contabilidade na TV
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