Estoque deve situar-se entre R$ 4,500 trilhões e R$ 4,750 trilhões; desafio será alongar prazo médio da dívida
O Plano Anual de Financiamento (PAF) 2020, divulgado na terça-feira (28/1) pela Secretaria do Tesouro Nacional, estabelece os parâmetros e as diretrizes para gestão da Dívida Pública Federal (DPF). Durante coletiva à imprensa em que apresentou o plano, o Secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida destacou que o principal desafio do Tesouro será alongar o prazo médio da dívida, que ainda é curto.
“Este ano será um ano de transição para a dívida, a partir de 2021 teremos uma janela de oportunidade para alterar a composição da nossa dívida, para uma mais longa”, ressaltou Mansueto Almeida ao explicar que em 2021 uma grande quantidade de títulos de taxa flutuante irá vencer e e o objetivo é alterá-los para títulos com prazo mais longo e pré-fixados.
O secretário reforçou que é preciso manter uma agenda de reforma e ajuste fiscal. “Senão esse cenário pode se reverter, o cenário de juros mudar e perderemos essa janela de oportunidade de tornar a nossa dívida mais longa e menos dependente”, completou.
As principais diretrizes para o ano:
• Substituição gradual dos títulos remunerados por taxas de juros flutuantes por títulos com rentabilidade prefixada e títulos remunerados por índices de preços;
• Suavização da estrutura de vencimentos, com especial atenção para a dívida que vence no curto prazo;
• Aumento do prazo médio do estoque;
• Desenvolvimento da estrutura a termo de taxas de juros;
• Incentivo à liquidez dos títulos públicos federais no mercado secundário;
• Diversificação e ampliação da base de investidores;
• Aprimoramento do perfil da Dívida Pública Federal externa (DPFe).
O secretário apresentou a necessidade líquida de financiamento atual do país, de R$ 1,67 trilhão, e destacou que Tesouro conta com reserva de liquidez equivalente a mais de seis meses de serviço de principal e juros da DPF em mercado, incluindo o superávit financeiro de exercícios anteriores.
Vencimentos
De acordo com o PAF, os títulos da dívida interna com vencimento em 2020 totalizam R$ 808,2 bilhões, a maior parte com vencimento no mês de julho. Já os títulos da dívida externa com vencimento este ano devem totalizar R$ 11,5 bilhões. O Tesouro Nacional já dispõe de recursos em moeda estrangeira suficientes para fazer frente à totalidade dos vencimentos de principal e juros da dívida externa em 2020.
O secretário destacou que a dívida externa é importante para o alongamento da Dívida Pública Federal, além de contribuir para a diversificação da base de investidores. “Os títulos da dívida soberana também são referências importantes para as captações de empresas brasileiras no exterior”, exemplificou.
O coordenador-geral de Planejamento Estratégico da Dívida Pública, Luiz Fernando Alves, explicou o contexto histórico do PAF e destacou que nesses 20 anos do plano, 80% dos limites estabelecidos para a DPF foram cumpridos, considerando‐se as revisões, 68% dos limites originais de todos os PAFs foram atendidos, 72% dos limites revisados de todos os PAFs foram atendidos.
Por Ministério da Economia
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Fonte: Contabilidade na TV
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