O Índice de Confiança de Serviços (ICS), da Fundação Getulio Vargas, avançou 7,3 pontos em julho, para 79,0 pontos. Após três altas consecutivas, o índice recompôs cerca de 62% das perdas sofridas nos primeiros quatro meses desse ano.
“A confiança de serviços mantém, em julho, a trajetória de recuperação após atingir o fundo do poço em abril. Apesar da melhora tanto na percepção sobre o momento atual, quando em relação às expectativas, o resultado do mês precisa ser analisado com cautela porque ainda há um caminho considerável para voltar ao ritmo anterior à pandemia. As flexibilizações podem contribuir para a melhora da confiança do setor, mas a cautela dos consumidores e a incerteza que se mantém em patamar elevado impedem imaginar um cenário de recuperação robusta do setor no curto prazo”, avaliou Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE.
Houve variação positiva do ICS em todos os 13 segmentos pesquisados exceto o de serviços de manutenção, cujo ICS caiu 2,4 pontos. Tanto as avaliações sobre o momento atual quanto as expectativas em relação aos próximos meses melhoraram em julho, inclusive em proporções similares. O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 7,0 pontos, para 71,0 pontos, recuperando nos últimos três meses 45% da queda registrada no bimestre março-abril. O Índice de Expectativas (IE-S), por sua vez, cresceu 7,5 pontos, para 87,3 pontos, e mesmo acumulando 40,0 pontos de crescimento entre os meses de maio e julho, o índice segue 11,6 pontos abaixo dos 98,9 pontos registrados em fevereiro, antes do início da pandemia.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) do setor de serviços aumentou 3,3 pontos percentuais para 80,5%, interrompendo sequência de quatro meses de quedas, o maior valor desde março de 2020, mês no qual a pandemia passou a impactar na economia brasileira.
Mesmo após as flexibilizações das medidas de isolamento, Coronavírus segue como principal impeditivo do setor de serviços em 2020
A partir do mês de abril desse ano, a opção de fator limitativo que passou a ser considerada pela maioria das empresas prestadoras de serviços foi a de “Outros fatores” com 60,8% das citações, sendo que cerca de 78,7% dessa parcela especificaram o “Coronavírus” ou os efeitos dele como principal limitação, superando a insuficiência de demanda e a competição, considerados os impeditivos mais relevantes historicamente desde julho de 2017. Desde o início da pandemia, as empresas tem citado “outros fatores” como principal fator limitativo, mas em julho embora a parcela dessa opção tenha regredido 7,9 pontos percentuais em relação a abril, a proporção de empresas que sinalizaram o “Coronavírus” como principal limitação diminuiu apenas 4,2 pontos percentuais, para 74,5%, o que corresponde a quase 40% do total de citações do quesito.
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Fonte: Contabilidade na TV
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