O crescimento expansivo da receita e a valorização das ações das empresas na bolsas de valores, confirmam o sucesso do e-commerce durante a pandemia do novo coronavírus.
Grandes empresas investiram em modernização dos processos e equipamentos, enquanto outras decidiram ampliar suas linhas de produtos.
A expectativa é tão alta, que muitas empresas almejam alcançar em 2020, resultados que eram previsto apenas em 2023.
Segundo um relatório publicado pela Ebit/Nielsen, entre 31 de março e 6 de abril, o comércio eletrônico cresceu 18,5% em relação à semana anterior.
As indústrias do lar e decoração (+ 23,5%), tecnologia da informação (+ 22,3%), eletrodomésticos (+ 21%), eletrônicos (+ 20,3%) e telefonia (+ 12%) representaram 58% de todo o crescimento no período.
A implantação de melhorias tecnológicas no processo de compras, ferramentas para trabalho remoto e mudanças no processo de atendimento, foram de grande importância para aproximar o público que não tinha o hábito de comprar online.
Durante a pandemia muitas pessoas tinham receio de comprar online, por não acharem o processo seguro.
Com estas melhorias, os lojistas esperam manter estes novos compradores, mesmo após o período da pandemia.
O que atrai os investidores estrangeiros?
Alguns especialistas ressaltam que os investidores estrangeiros sabem do alto potencial de consumo do Brasil.
Porém, alguns fatores ainda os deixam inseguros, como a instabilidade econômica e às condições de infraestrutura.
O consumidor brasileiro está comprando cada vez mais, e com a melhoria dos serviços online, conciliados com melhores condições de navegação como o 5G, há grandes chances das compras online, representarem uma fatia ainda maior dos lucros das empresas.
Embora tenha encontrado alguns entraves, o WhatsApp busca uma maneira de implementar o seu serviço de pagamentos online no Brasil nos próximos anos, para acompanhar esta tendência.
O e-commerce brasileiro precisa amadurecer
A saúde econômica do Brasil é primordial para conquistar a confiança dos investidores.
Afinal, se às pessoas não tiverem poder de compra, não irão consumir.
Em relação ao desemprego, este é um fator importante e que pode prejudicar o crescimento das vendas.
É preciso investir em tecnologia, melhorar a estrutura das empresas que oferecem serviços de banda larga, diminuir a burocracia, para que mais pessoas tenham acesso e assim atrair mais investidores.
A logística de distribuição do sinal de internet é problemática no Brasil, muitas operadoras entregam um pacote de conexão muito abaixo do contratado, justamente para não sobrecarregar os servidores da empresa.
Um conexão lenta combinada com uma loja virtual que não é projetada para smartphones, pode desestimular esses novos consumidores a comprarem online.
E-commerce na bolsa e perspectivas para 2020
Empresas como Via Varejo(157,57%), B2W(119%) e Magazine Luiza(78,74%), viram suas ações decolarem no primeiro trimestre de 2020.
Isso mostra o potencial do comércio online brasileiro e como este segmento está conseguindo superar a crise.
Neste momento, muitas empresas também estão melhorando a experiência de entrega, seja através de um serviço próprio ou de parceria com transportadoras.
O objetivo é tornar a experiência de compra o mais confortável possível, principalmente para que está utilziando pela primeira vez.
As grandes empresas têm investido na consolidação de seus negócios online, inclusive apostando em novas categorias.
A Via Varejo adquiriu mais de 4 bilhões de reais com a emissão de ações, parte deste valor será investido no e-commerce da marca.
A Magazine Luiza, de olho em novos mercados comprou a Netshoes no ano passado e Estante Virtual em janeiro de 2020.
O objetivo destas companhias é consolidar a sua presença tanto no digital quanto no mundo físico.
O que estamos presenciando neste período de epidemia, são empresas investindo em melhorias e em aumentar a sua participação no mercado, adquirindo outras empresas maduras.
Há espaço para os pequenos lojistas?
Certamente há muitas oportunidades para o comércio online, talvez não na mesmo proporção dos grandes varejistas, mas empresas como Magazine Luiza e Americanas, oferecem o seu market place para que pequenos lojistas possam divulgar o seus produtos em uma marca com grande visibilidade.
Isso permite que estes lojistas não tenham custos altos com logística ou a tecnologia por trás do gerenciamento, já que fica sob a responsabilidade das grandes marcas.
Atualmente é muito fácil ter uma loja virtual, já que o mercado oferece centenas de opções, muitas delas voltadas para pessoas com pouca ou nenhuma experiência com ecommerce.
Por isso, aproveite este momento em que as pessoas estão mais dispostas a comprar online, para reformular o seu negócio físico ou para melhorar as suas vendas online.
Por William Mendes
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Fonte: Jornal Contábil
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