O Brasil é um país com o maior índice de depressão, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), infelizmente a depressão ainda é vista como um tema desconfortável principalmente para os jovens, por saber pouco sobre a doença e sentir vergonha de abordar o assunto.
De acordo com a pesquisa “Depressão, suicídio e tabu no Brasil: um novo olhar sobre a Saúde Mental “ que foi feita pelo IBOPE, relata dois mil brasileiros que sofrem de depressão a partir dos 13 anos de idade e residentes em diferentes regiões metropolitanas do País (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Fortaleza)
Em uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos) em associação com o CVV ( Centro de Valorização da Vida)
Adolescentes de 13 a 17 anos, 39% deles disseram que não não se sentem à vontade para falar sobre um diagnóstico de depressão com a família.
Em um total de entrevistados, esse índice ficou em 22%.
Os outros 56% dos jovens entrevistados entre 18 e 24 anos não se sentem à vontade de falar sobre o diagnóstico de depressão no trabalho ou escola.
O principal fator é o constrangimento de que os colegas não levam a doença a sério e não acreditariam que a pessoa está de fato doente.
O tratamento é visto com outros olhos por adolescentes.
De acordo com esta pesquisa feita, mostrou também que os jovens não acreditam no tratamento da doença e com isso resistem a ele.
Entre os adolescente de 13 e 17 anos, 34% declaram que não tomariam antidepressivos, entre jovens de 18 e 24 anos esse número ficou em 23%.
O preconceito entre jovens em procurar um psiquiatra ainda é muito grande, principalmente por achar que este profissional trata de doenças mais graves e a depressão aos olhos deles não seria tão séria assim, eles preferem optar por ajuda de um psicólogo, que é muito eficaz também, porém dependendo do quadro depressivo o correto é procurar a ajuda de um psiquiatra.
A falta de informação também contribui muito para isso, principalmente no que diz respeito aos medicamentos utilizados para tratar a depressão e seus efeitos colaterais.
Quais os principais sintomas da depressão?
Infelizmente não há como ter um laudo médico capaz de confirmar com toda certeza que alguém está sofrendo de depressão, o diagnóstico é clínico e, isso quer dizer que é feito a partir das queixas do paciente e do histórico individual e familiar do paciente.
Esses sintomas depressivos podem variar de acordo com a gravidade do seu quadro depressivo, relacionadas como ansiedade, sintomas obsessivos ou psicóticos.
Vamos listar algumas manifestações possíveis:
Humor: Perda de interesse, irritação, mau humor, perda em atividade que antes eram apreciadas, choro fácil ou apatia;
Autoimagem: Desesperança, sentimentos de culpa, vazio ou inutilidade, solidão, sensibilidade à rejeição, desamparo;
Funções cerebrais: Dificuldades para tomar decisões, problemas de memória e concentração;
Pensamentos: Visão distorcida da realidade, pessimismo, ideias frequentes de morte e/ou de suicídio, pensamentos negativos persistentes;
Comportamento: Fadiga, aumento ou perda de apetite, uso de álcool e drogas (para tentar obter alívio), perda de líbido, dificuldade de receber ou transmitir afeto, falta de energia, inquietação, agitação psicomotora, isolamento;
Sono: Dormir demais, ou dificuldade para dormir, acordar muito antes do despertador.
Sinais do Corpo: Baixa imunidade, aumento ou perda de peso, dores ou problemas digestivos sem causa aparente e/ou que não melhoram com tratamento, sensação de peso nos braços ou nas pernas.
Conclusão
O setembro amarelo existe para conscientizar a população de que a depressão é uma doença grave e que precisa ser vista com outros olhos.
Todos deveriam ter a concepção que tratar da saúde mental é tanto normal, quanto ir ao dentista, ir ao um clínico geral fazer exames de rotina, assim como cuidamos do corpo a mente também precisa de cuidados.
Principalmente nos dias atuais, com a pandemia a rotina de todos brasileiros mudaram, tendo que se reinventar, seja nas atividades físicas, seja no trabalho, seja na rotina do dia a dia.
Acreditamos que é necessário falar mais sobre depressão, ter mais informações para quebrar o tabu que ainda existe sobre este assunto.
Por Laís Oliveira
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Fonte: Jornal Contábil
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