Existem 3 modalidades para investir no mercado de câmbio. Entenda como ele funciona e de que forma você pode ganhar dinheiro com as aplicações financeiras.
O mercado de câmbio é aquele em que ocorrem as trocas de moedas entre diferentes países.
A maior parte das transações é realizada em dólar, o que a torna a referência para a cotação de várias outras.
Para operar nesse mercado, os agentes precisam ter uma autorização do Banco Central.
Por outro lado, pessoas físicas e jurídicas têm a chance de investir e aproveitar a cotação das moedas a seu favor.
Ao fazer uma aplicação financeira baseada no câmbio, é possível proteger seu dinheiro, ou seja, fazer hedge (operação do mercado financeiro com o objetivo de proteger investimentos).
Neste post, vamos explicar mais sobre as possibilidades.
Acompanhe!
O que é o mercado de câmbio?
O mercado de câmbio — ou de divisas — é aquele em que é feita a negociação entre moedas de diferentes países.
O preço de uma delas serve como referência para a outra, por exemplo, reais por dólares ou euros por reais.
Toda negociação acontece em par, ou seja, envolve duas moedas.
O mercado de um país tem o objetivo de atender à sua política cambial.
No entanto, as taxas são negociadas livremente pelos agentes autorizados.
No Brasil, quem autoriza as operações e regula a política cambial é o Banco Central.
Os agentes, por sua vez, podem contratar correspondentes para:
- transferirem valores para o exterior;
- comprarem e venderem moeda estrangeira em cheque, espécie ou cheque de viagem e carga de moeda estrangeira em cartão pré-pago;
- receberem e encaminharem as propostas de transações cambiais.
Funcionamento do mercado de câmbio
Para atuar nesse ambiente, é preciso entender a divisão do mercado.
Ele é separado em:
- primário: consiste no fluxo de entrada e saída de moedas, assim como o recebimento ou a entrega de moeda estrangeira por clientes;
- secundário ou interbancário: abrange as operações entre os bancos. Como eles estão no mesmo país, não é feito o registro de movimentação de moedas.
Seu funcionamento ocorre de segunda a sexta-feira, 24 horas por dia.
Isso o torna altamente volátil.
Por esse motivo, muitas pessoas especulam para tentar ganhar mais com as oscilações cambiais.
Outro detalhe é o fato das operações serem realizadas pelo mercado de balcão, isto é, diretamente entre as partes ou com o intermédio de alguma instituição financeira.
Além disso, as transações são descentralizadas e eletrônicas.
O que são as taxas de câmbio?
A taxa de câmbio é o preço definida para uma moeda estrangeira, com base em uma unidade ou fração da moeda nacional.
Basicamente, mostra quanto é preciso em reais para adquirir 1 dólar, 1 euro e por aí vai.
A partir do resultado, é possível definir os melhores investimentos e qual é o momento certo de exportar ou importar.
Para chegar a essa conclusão, é preciso avaliar a taxa, que pode ser:
- direta ou ao incerto: é a taxa referente aos valores da moeda estrangeira para uma unidade em real. Por exemplo, R$ 1 equivale a 0,25 dólar;
- indireta ou ao certo: consiste na taxa em em valores da moeda nacional para uma unidade estrangeira. É o caso de 1 dólar ser igual a R$ 5,30.
Esse resultado direto ou indireto é determinado por um regime do mercado de câmbio.
A depender do país, ela pode ser:
- fixa: ocorre quando o preço de uma moeda é fixa em relação a outra. Quem determina esse valor é o governo federal;
- flutuante: é o caso em que as operações ocorrem de maneira livre, sem interferência do governo. O que vale nessas negociações é a oferta e a demanda;
- atrelada: é um câmbio misto. A taxa varia todos os dias, mas de acordo com o que determina o governo. Nesse caso, o Banco Central do país faz muitas intervenções.
No Brasil, o câmbio é flutuante, mas há intervenção do governo federal em algumas situações.
Por isso, é comum dizer que é uma flutuação suja.
Como são os investimentos no mercado de câmbio?
Mais do que um ambiente de negociação, o mercado de câmbio também pode servir para investimentos.
Nesse caso, o foco são os fundos cambiais, os minicontratos e as operações forex.
Saiba mais.
Fundos cambiais
É um fundo normal, em que a maior parte — pelo menos, 80% — da alocação dos ativos é feita em moedas estrangeiras.
O restante é aplicado na renda fixa.
Em boa parte das vezes, essa medida é adotada para hedge.
No entanto, também é possível trabalhar com a especulação, já que o investidor pode potencializar seu retorno.
Uma vantagem dos fundos cambiais é sua administração por gestores especializados.
Por outro lado, é necessário considerar os custos, como Imposto de Renda (IR) e taxa de administração.
Minicontratos de câmbio
Também são chamados de contratos futuros.
Com eles, você investe na possibilidade de uma cotação futura de determinada moeda.
A esperança pode ser de valorização ou desvalorização e você ganha quando está certo.
Os minicontratos são uma espécie de derivativo do mercado de câmbio.
Eles são negociados na bolsa de valores, a B3.
Envolve duas partes: compradora e vendedora.
Uma ganhará e outra perderá, a depender da oscilação da taxa.
Operações forex
O Foreign Exchange Market ainda não é regulamentado no Brasil.
Portanto, não existem instituições autorizadas a operar com esse investimento do mercado de câmbio.
A aplicação sofre muitas oscilações, pois é altamente descentralizada e especulativa.
Uma característica é a possibilidade de operar sem interrupções, o que faz do forex estar entre os maiores volumes de negociação.
O brasileiro que desejar investir nesse mercado precisa realizar suas aplicações financeiras no exterior.
Isso requer o pagamento dos impostos no país e também no processo de repatriação.
Apesar de prometer lucros muito elevados, é preciso ter cuidado.
O forex é muito volátil. Portanto, é fácil perder dinheiro.
Além disso, é preciso ter muito conhecimento do mercado, porque você estará por conta própria.
Como investir no mercado de câmbio?
Para começar, é preciso seguir os passos abaixo:
Analise seu perfil de investidor
Faça um teste de suitability para ver se tem perfil conservador, moderado ou arrojado.
Aloque seu dinheiro em aplicações condizentes.
Comece com um fundo cambial
No mercado de câmbio, os fundos são boas alternativas.
Além de começar a investir em moedas estrangeiras, você protege o seu capital, especialmente se fizer as aplicações em dólar.
Ao mesmo tempo, há opções para gerenciar o risco por meio de estratégias adequadas.
O objetivo, nesse caso, é reduzir as perdas em caso de oscilação da moeda.
Faça operações no mercado futuro
Os minicontratos de câmbio são outras boas opções.
Essa alternativa é válida para quem já tem um conhecimento mais amplo e consegue avaliar se a taxa vai subir ou descer.
De toda forma, é importante ter informações mais aprofundadas para evitar problemas, já que os riscos são grandes.
Quais são os possíveis riscos desse investimento?
O mercado de câmbio é arriscado.
Por isso, é pouco recomendado para quem é iniciante.
No entanto, é possível adaptar o seu perfil à aplicação financeira.
Das 3 operações que podem ser realizadas, os níveis de risco são:
- fundos cambiais: são os menos arriscados, porque há aplicação em renda fixa e gerenciamento por profissionais especializados;
- minicontratos: são mais arriscados, porque exige que você analise o mercado de câmbio e defina se a cotação vai valorizar ou desvalorizar no futuro;
- forex: são os investimentos mais arriscados, porque as operações são muito voláteis.
Por isso, se você quer começar a investir no mercado de câmbio, primeiro analise seu perfil de investidor e seus conhecimentos para determinar a melhor alternativa.
Assim, é possível mitigar os riscos e gerenciá-los por meio de estratégias adequadas.
Além disso, aposte na diversificação.
Essa é a melhor atitude para quem deseja reduzir os riscos de qualquer aplicação financeira.
Também vale a pena investir no mercado de câmbio internacional para ter melhores resultados.
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Fonte: Jornal Contábil
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