Caso a estimativa seja confirmada nos dados oficiais do Banco Central, que serão divulgados na próxima segunda (28), será a maior taxa desde novembro de 2014 (11,7%), reforçando os sinais de retomada da economia
O saldo consolidado do crédito em agosto deverá apresentar alta mensal de 1,5%, e de 11,6% na variação de 12 meses, revela a Pesquisa Especial de Crédito da FEBRABAN, feita com os principais bancos do país, que representam, dependendo da linha de crédito, de 39% a 91% do saldo total do sistema financeiro nacional.
Caso a estimativa do levantamento seja confirmada nos dados oficiais do Bacen, que serão divulgados na próxima segunda-feira (28), será a maior taxa desde novembro de 2014 (11,7%). Desta maneira, o saldo total de crédito deve manter a expansão de dois dígitos pelo segundo mês consecutivo, mostrando aceleração em relação ao crescimento registrado em julho (11,3%).
A pesquisa da FEBRABAN é uma prévia do resultado das operações de crédito (saldos e concessões) do mês anterior à sua publicação, e é realizada com base em informações reportadas pelas instituições financeiras de grande porte com cerca de uma semana de antecedência à publicação da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Banco Central.
O levantamento mostra que em volume, o estoque de crédito deve subir para R$ 3,72 trilhões, equivalente a cerca de 52% do PIB, maior proporção em relação ao Produto Interno Bruto brasileiro desde o primeiro semestre de 2016. “As estimativas de nossa pesquisa, se confirmadas, mostrarão uma retomada mais consistente da atividade econômica e do consumo das famílias. Também reforçam mais uma vez o papel que o sistema financeiro tem desempenhado durante a crise da Covid-19, sempre buscando mitigar os impactos negativos da pandemia”, avalia Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN.
Ele relembra que dados oficiais da entidade mostram que as concessões de crédito, para o período de 01 de março a 21 de agosto de 2020 somaram R$ 1,8 trilhão, incluindo contratações, renovações e suspensão de parcelas. Além disso, no período de 16 de março a 21 de agosto, o setor já renegociou 14,2 milhões de contratos com operações em dia, que têm um saldo devedor total de R$ 810 bilhões. A soma das parcelas suspensas dessas operações repactuadas totaliza R$ 110,5 bilhões.
A Pesquisa Especial de Crédito da FEBRABAN também mostra que no segmento de pessoas físicas, a carteira deve apresentar crescimento de 1,4% na comparação mensal e de 8,7% na variação anual, sendo produtos livres com altas de 1,5% no mês e 8,3% em doze meses.
De acordo com Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da FEBRABAN, se confirmada, a expansão do saldo livre pessoa física reverterá uma trajetória de desaceleração que vem sendo observada desde março. Afetada pelas medidas de distanciamento social, a carteira livre PF viu sua expansão recuar de 16,6% em fevereiro para os atuais 8,3%. “Os números de agosto devem apontar para uma reversão deste quadro, reforçando a percepção de uma retomada do consumo das famílias, o que normalmente favorece linhas como cartão de crédito, consignado e aquisição de veículo”, diz Sardenberg.
Já na carteira de crédito para empresas, a variação mensal deve apresentar crescimento de 1,6% e variação anual de 15,6%. O crédito PJ deve mostrar uma expansão mais acentuada na carteira com recursos direcionados, cujo saldo deve crescer cerca de 4,5% no mês. Com o resultado, a carteira direcionada PJ deve voltar a se expandir a uma taxa de 4,1% em doze meses, em função principalmente dos programas de crédito elaborados pelo governo para ajudar especialmente as micro e pequenas empresas.
A Pesquisa Especial de Crédito da FEBRABAN completa está disponível neste link.
Por FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos
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Fonte: Contabilidade na TV
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