O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) variou 3,30% em setembro, percentual inferior ao apurado no mês anterior, quando havia registrado taxa de 3,87%. Com este resultado, o índice acumula alta de 14,80% no ano e de 18,44% em 12 meses. Em agosto de 2019, o índice havia variado 0,50% e acumulava elevação de 3,00% em 12 meses.
“Apesar do recuo da taxa do IGP, o IPC e o INCC seguem em aceleração. Para o consumidor, o desafio persiste nas despesas com alimentação, cujos preços avançaram em média 1,81%. Para a construção civil, os preços de materiais, equipamentos e serviços, embalados pela desvalorização cambial, subiram 2,5%. Por fim, o IPA, índice de maior peso no IGP, subiu menos em setembro, 3,30%. Os grupos matérias-primas brutas e bens intermediários apresentaram desaceleração. Os destaques a contribuir para este movimento foram minério de ferro (17,11% para 1,67%) e óleo Diesel (6,44% para -9,65%), nesta ordem”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 4,38% em setembro, após subir 5,44% em agosto. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais passou de 1,93% em agosto para 2,74% em setembro. O principal responsável por este avanço foi o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -1,75% para 2,86%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 2,97% em setembro, contra 2,10% em agosto.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 3,39% em agosto para 3,21% em setembro. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 8,54% para -4,25%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 4,30% em setembro, ante 2,68% no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas variou 6,77% em setembro. Em agosto, a taxa havia sido de 10,55%. Contribuíram para o recuo da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (17,11% para 1,67%), café em grão (12,35% para -1,89%) e suínos (23,10% para 10,32%). Em sentido oposto, vale citar soja em grão (11,41% para 12,88%), bovinos (4,90% para 8,43%) e arroz em casca (19,89% para 33,06%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,82% em setembro, após variar 0,53% em agosto. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (0,05% para 3,19%), Alimentação (0,81% para 1,81%) e Vestuário (-0,45% para 0,01%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos itens: passagem aérea (1,88% para 39,62%), arroz e feijão (1,09% para 10,92%) e roupas (-0,60% para -0,03%).
Em contrapartida, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,53% para -0,53%), Despesas Diversas (0,50% para 0,24%), Comunicação (0,18% para 0,03%), Habitação (0,54% para 0,48%) e Transportes (0,80% para 0,78%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: plano e seguro de saúde (0,61% para -2,40%), serviços bancários (0,66% para 0,11%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,34% para 0,01%), tarifa de eletricidade residencial (1,05% para 0,24%) e gasolina (2,67% para 2,13%).
Núcleo do IPC e Índice de Difusão
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,22% em setembro, ante 0,19% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 44 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 13 apresentaram taxas abaixo de 0,00%, linha de corte inferior, e 31 registraram variações acima de 0,77%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 68,71%, 10,00 pontos percentuais acima do registrado em agosto, quando o índice foi de 58,71%.
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Fonte: Contabilidade na TV
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