Muito se discute sobre os ganhos técnicos e as mudanças provocadas pela tecnologia em operações rotineiras de trabalho.
Claro, não há como negar a importância de se destacar os resultados positivos por trás da implementação tecnológica e como ela pode reformular a perspectiva estratégica de qualquer organização.
No entanto, a realidade do Brasil ainda aponta para empresas suportadas por sistemas manuais de gerenciamento e manuseio de informações, o que não significa que estas se encontram totalmente cegas à inovação.
Nesse sentido, desmistificar conceitos antiquados sobre a presença da máquina é o primeiro passo para demonstrar um caminho de sinergia entre partes aparentemente opostas.
Com a conscientização cada vez mais disseminada entre gestores e executivos, principais detentores do poder de decisão, essa transição à uma modalidade digital de se enxergar o armazenamento e a coleta de dados poderá ser conduzida de forma gradual, sem que obstáculos internos acabem por comprometer o processo e dificultar a adesão entre as equipes.
Transformação digital não desconsidera profissionais
Quem nunca se deparou com aquele velho discurso de que a máquina chegou para substituir o papel das pessoas e tomar seus cargos?
Obviamente, essa é uma visão errada sobre a aplicação prática da tecnologia e como ela se relaciona com as funções exercidas pelos colaboradores.
Para que esse tipo de mentalidade caia no ostracismo de setores empresariais importantes, existe um longo caminho a se pavimentar em termos de transmissão de conhecimento.
Não se pode confundir a necessidade de se adaptar à chegada de plataformas tecnológicas com a diminuição do espaço para que os profissionais explorem suas aptidões na rotina operacional.
A mudança de hábitos consolidados é uma consequência natural dessa movimentação interna, mas o objetivo continua o mesmo: oferecer insumos e materiais analíticos capazes de facilitar a vida das equipes, sob um plano de fundo estrutural assertivo e munido de uma alta confiabilidade.
Na prática, a Inteligência Artificial (IA) serve como ponte para que o material humano seja valorizado.
Objetivo maior é potencializar o protagonismo humano
Em sistemas de gerenciamento de documentações concebidos manualmente, por exemplo, as pessoas centralizam seus esforços em atividades exaustivas e repetitivas, que pouco aproveitam o poder criativo e estratégico por trás de toda mente humana.
Além de exigir um tempo hábil que poderia ser empregado em finalidades mais subjetivas, esse modelo de trabalho mostra-se suscetível a falhas críticas para a integridade dos processos e os próprios dados armazenados.
Logo, apostar na automatização desses procedimentos também representa uma ótima oportunidade de garantir a segurança das informações trabalhadas internamente.
O efeito da tecnologia é justamente reverso ao sentimento de que ela veio para ofuscar o brio dos profissionais.
Com todas essas atividades redirecionadas para a máquina, que por sua vez será encarregada de simplificar a etapa de coleta e classificação dos documentos, as equipes terão disponibilidade e tranquilidade para explorar os insights produzidos através da análise dos materiais separados.
Sob uma ótica mais abrangente, torna-se possível a criação de uma cultura interna orientada à inteligência analítica.
Equilíbrio beneficia relacionamento com o cliente
Se a valorização humana é uma característica relacionada à transformação digital e sua influência sobre as pessoas inseridas no cotidiano de uma organização, essa contribuição se estende à forma como os times se comunicam com o público-alvo.
Hoje em dia, é praticamente impossível estabelecer parâmetros fieis sobre aspectos comportamentais e preferências ligadas à figura do cliente sem o respaldo da tecnologia.
Na busca por um planejamento estratégico assertivo, capaz de corresponder aos anseios de consumidores exigentes, a precisão de referenciais analíticos faz a diferença e traz estabilidade para a equipe comercial.
Ao nos apoiarmos em uma interpretação ampla sobre as oportunidades extraídas de soluções digitais, fica muito mais evidente a real dimensão da presença tecnológica sobre o ambiente de trabalho.
Não se trata de diminuir o impacto do fator humano no dia a dia da empresa, mas de oferecer ferramentas que facilitem a criação de hábitos favoráveis ao posicionamento estratégico dos colaboradores, deixando procedimentos de cunho padronizado para a máquina.
No fim, basta um pouco de aprofundamento acerca do assunto para assimilar que os maiores beneficiados pelo avanço tecnológico são os profissionais e as empresas que ousam inovar.
Qual é a sua opinião sobre a influência da tecnologia no cotidiano empresarial? Participe do debate!
Por Fabrício Beltran é Founder e CTO da Nextcode. Formado em Tecnologia de Dados, com pós-graduação em Big Data e Desenvolvimento Móvel, possui mais de 19 anos de experiência com projetos voltados à tecnologia e inovação.
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Fonte: Jornal Contábil
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